Filha da Mãe

A Sheila tinha 30 e poucos anos de idade. Linda, simpática, segura de si, determinada. Era dona de uma grande rede de supermercados com lojas espalhadas por todo Estado. Sheila era rígida demais ou flexível dependendo da situação. Morava em uma mansão na área nobre da cidade. Mantinha a boa forma em uma academia de ginástica. Jogava vôlei com os funcionários. Ela era uma boa jogadora e havia uma disputa para escolher o time no qual ela iria jogar. “Quero a Sheila no meu time! Quero a Sheila no meu time! Não, ela vai jogar no meu! Sheila, você vai jogar com a gente!” No dia seguinte ela nem parecia ser a jogadora que gritava e até xingava na quadra. Voltava a ser a empresária e a chefe respeitada e admirada. Era divorciada e desde quando se separou não conseguiu arrumar outro homem. Muitos homens só se aproximavam dela por causa do dinheiro e a maioria queria era só sexo mesmo. Ela queria um homem que fosse carinhoso e sem vícios. Sheila tinha um corpo maravilhoso. Aparecia nas capas de revista de boa forma e que falavam de cuidados com a saúde. E foi até sondada por uma revista masculina que chegou a fazer um convite para que ela pousasse nua. O fato foi “abafado”. Sheila disse não e achou aquilo uma falta de respeito. Mas viu que a revista estava no direito dela.

Sheila tinha uma filha, a Hilary, a pedrinha preciosa. Era assim que Sheila a chamava. A filha dela era adolescente. Elas se davam bem, mas entravam em atrito de vez em quando principalmente quando a menina arrumava um namorado. O motivo era 1 só: a beleza de Sheila. Os namorados de Hilary só se aproximavam dela para conhecer Sheila. Todo namoradinho de Hilary ficava louco quando conhecia Sheila. Um deles chegou a dizer que adorava quando Sheila colocava uma minissaia branca. Outro disse que ela ficava sexy usando jeans e salto alto. Hilary chegou a impedir que seus namorados conhecessem a mãe dela. Sheila disse que queria conhecer o rapaz, mas a filha falou que não iria apresentá-lo. “Como assim? Não vai me apresentar seu novo namorado?” Disse Sheila. A menina respondeu. “Não. Porque ele vai chegar aqui e ficar olhando pra você. Olhando não, vai ficar babando como todos os outros.” Sheila disse que os meninos da idade dela agem assim mesmo. “Eles ficam impressionados com determinadas mulheres.” Hilary disse: “É mentira, porque a maioria dos homens que eu conheço fica babando em você, te devorando com os olhos. E é tudo homem velho!” Sheila falou: “Isso é comum acontecer quando a gente fica mais arrumada.” Hilary não quis prolongar o assunto e foi embora.

Sheila foi destaque de uma capa de revista naquele mês. E deu uma entrevista que ocupou 4 páginas. O dono da publicação, então, a convidou para um jantar com a finalidade de discutir parcerias entre o supermercado dela e a revista. O resultado foi positivo. Foi uma parceria comercial de grande sucesso. Sheila ainda abriu uma loja que só vendia alimentos próprios para pessoas que queriam emagrecer, pessoas com doenças crônicas e que possuíam alguma restrição alimentar. Por coincidência, o sobrinho do dono da revista era namorado de Hilary. Este, quando conheceu a mãe da menina, fixou-lhe os olhos e ficou parado como se estivesse hipnotizado. Ele só conseguiu dizer: “Prazer, muito prazer em conhecê-la.” Hilary começou a ficar incomodada com a situação. O rapaz ainda disse: “Nossa! Sua mãe é muito bonita!” A menina teve outra crise de ciúmes e mais uma vez ficou com raiva da mãe dela e discutiu com o namorado.

Certa noite, Sheila chegou do trabalho e encontrou a filha sorridente, na sala, sentada no sofá. Hilary pegou um embrulho e o entregou para a mãe. “O que é isso? Presente para mim?” “É sim. Um presente.” “Obrigada! Mas nem é meu aniversário...” A menina sorria. Sheila abriu o presente e estranhou ao ver um vestido preto, largo e comprido, parecendo batina de padre, com botões na frente. “Que roupa esquisita é essa, filha? Você quer que eu use isso?” A menina respondeu: “Não é pra você usar sempre. É só de vez em quando.” Sheila não entendeu nada. “E quando é que eu vou usar isso?” Hilary disse: “Essa roupa é pra você usar só quando meu namorado vier aqui em casa.” “Mas, filha... você não acha que está...” “Ah, se quiser eu troco. Tem algumas lá que são bem mais compridas que essa e outras têm até capuz para cobrir a cabeça e o rosto.” Sheila disse: “Você acha que eu vou ficar bonita usando esse negócio?” A menina respondeu: “Pode não ficar bonito, pode não ser uma roupa da moda, mas pelo menos eu vou ficar tranquila quando meu namorado vier aqui em casa. Chega de estresse. Já joguei fora os tranquilizantes que eu tomava... Ah!! Como é bom ter um namorado e não ter que dividí-lo com ninguém, com-nin-guém!”

Alveres
Enviado por Alveres em 30/07/2016
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