Uma Rosa para Berlim : O Último Bunker da SS . 9

Nada mais pode falhar...e a noite avança silenciosamen

te. Meus pensamentos voam e lembro de minhas amigas. Será que

conseguiram se livrar de tudo e levar uma nova vida? Será ?

- Vamos sair do local aos poucos - Disse Rudolf começando a sair

com outros SS. Avançam bem devagar e se colocam do lado de fo

ra. Rudolf dispara repentinamente e se joga no chão. Os outros fa

zem o mesmo e uma explosão é ouvida. Novas rajadas.

- Estão nos cercando !- Gritou Rudolf antes de se jogar no buraco.

Os outros fazem o mesmo e o que ouvimos é uma chuva de ricoche

teio de projéteis batendo na chapa de aço da entrada - ataquem !-

gritou Rudolf avançando com seus homens .Vão até a saída e dispa

ram seguidamente e se jogam no chão. Os outros fazem o mesmo

e barulho de disparos de tanque se faz ouvir. Então começamos a

ouvir muitos disparos e vejo nossos homens tombando . Resolvo

sair e me escondo atrás de escombros . Erna e Marija me seguem

e Freyja nos dá cobertura e depois se junta a meu grupo. Muitos e

muitos tiros se ouvem e soldados de ambos os lados caem . Corro

para trás de um velho tanque panzer destruido e me coloco em po

sição de ver os soviéticos chegando. Marija chega e dá uma rajada

certeira. Erna quase é alvejada e fica deitada no chão. Freyja pega

o atirador em cheio e Erna se junta a mim. Atiramos seguidamente

e troco de carregador. Marija balança a cabeça negativamente .

- Não teremos munição suficiente para aguentar os soviéticos !-

Disse ela trocando de carregador - Temos que voltar ao paiol !

E uma grande explosão ocorre no bunker. Foi um foguete lançado

pelos Russos. Atiramos e corremos para o rio mas, somos quase

alvejadas por uma metralhadora de um tanque russo. Nos jogamos

na água e voltamos para junto de concretos caídos. E vejo Rudolf

não ter a mesma sorte e tomba morto.

- Vamos tentar resgatá-lo ! - gritou Freyja desesperada.

Marija segura ela e a joga no chão gritando.

- Está louca ?

- Temos que pegar ele !- Grita Freyja desesperada.

- Está morto ! - Gritou Erna olhando para Rudolf que não se mexe-

acertaram a cabeça dele e o peito.

E olho o corpo de Rudolf sob a fraca luz e o vejo banhado de san

gue e inerte. Vejo vários SS tombando e vejo soviéticos tendo o

mesmo fim pois, os SS saem ao mesmo tempo e abrem fogo cer

rado. E muitos Russos tombam fazendo seus homens recuarem as

sustados . E vou para o rio procurando algo para atravessá-lo. Em

vão pois, a noite escura não deixa ver nada e tanques abrem fogo

cerrado nas águas impedindo qualquer fuga. Volto para trás dos en

tulhos e vejo Freyja chorando e falo .

- Se não quer morrer , lute ! - e procuro me esconder das rajadas

dos tanques. E Erna faz o mesmo puxando Marija que quase é alve

jada . Se joga ao meu lado e Freyja faz disparos certeiros em um

grupo de russos que se aproximavam rapidamente. Vejo que eles

tombam mortos. Atiro em dois outros que vinham logo depois e os

derrubo. Erna acerta mais um e Marija dá sua última rajada acer

tando três inimigos.

- Estou sem munição ! - e olha para soldados caidos. São SS mor

tos com metralhadoras e munições de sobra.

- Eu cubro e você vai lá ! - Falo me rastejando para uma posição

melhor - minha munição acabou também !- e faço sinal que não po

derei efetuar a cobertura. Erna faz sinal negativo apontando para

sua arma.

- Vão as três pegar armas e munições que eu cubro daqui ! - disse

Freyja se posicionando e derrubando russos - se rastejam e pegam

o que puderem ! - e faz disparos seletivos para irmos adiante.