A Desordem das coisas

Dona Maria seguiu para o banco no intuito de receber o seu salário de aposentadoria. La em frente ao século XXI, ela do século XX, sentiu os aperreios que qualquer cidadão enfrenta, quando não foi adequadamente instruído para mexer naquela tecnologia, tão pouco tem dos bancos, quem possa ajudar. Assim naquele fim de tarde, aliado a necessidade aquela senhora de setenta anos se viu diante de um problema qual se sentiu inoperante para agir. Mas de pronto procurou ajudar.

E ao ver um senhor com mais agilidade e desenvoltura, apesar dos avisos do banco, quanto ao não pedir ajuda a estranhos, ela vencida pela paciência e a falta de ajuda de alguém do banco. Observou o senhor e calmamente, após ele terminar o seu acesso, com educação se dirigiu a ele e falou:

- Moço, por favor, você pode me dar uma ajuda!

Em vista a tantos ataques a cidadania, a tantas mazelas sociais, sem ao menos olhar para o lado o homem lhe respondeu:

Vá procurar trabalhar.

E a senhora insistindo:

Mas moço.

Ele respondeu:

Senhora não tenho dinheiro pra lhe dar.

E saiu pisando no chão com rispidez, abrindo a porta de vidro do banco e correndo para dentro do seu carro.

Uma moça que assistiu a tudo, se aproximou e até pediu desculpas pela ignorância do homem e foi ajudar aquela senhora, que agradeceu a moça após ter-se utilizado do banco para fazer o seu recebimento.

Ao sair aquela senhora idosa olhou o informativo, que indicava no próximo mês qual o dia que teria que receber e se preparar para não ter o mesmo problema.