É assim no sertão

A água barrenta da lagoa já sem.oxigênio coeçava a fazer com os peixes se expusessem para poder respirar, naquela lagoa apenas uma Curimatá tentava sobreviver naquela lama, precisava respirar mas temia o Carcará que do alto de uma velha maria- preta esperava o momento certo de atacar, naquela mesma lama um pescador tentava em vão encontrar algum peixe para alimentar seus filhos. O peixe não resiste e coloca a cabeça pra fora pra respirar, e o Carcará dá o vôo rasante e voa com a Curimatá nas garras, deixando o pescador com o gosto daquele peixe na boca e maldizendo o também faminto Carcará, que voa de volta para a maria- preta, o que ele não sabia era que aquele era seu último vôo, sua última caçada, pois debaixo da árvore estava o filho do pescador, pronto pra dá um tiro na sua presa, o Carcará voltou com aquele peixe e foi recebido com um tiro certeiro no peito, desabando ainda com a Curimatá presa nas garras, ao cair tentou correr, mas estava muito ferido para fazer isso, viu o seu algoz se aproximar rápido como um raio e lhe desferir o último golpe na cabeça, fim da caçada para o velho Carcará, fim da velha Curimatá, começo para aquele jovem faminto que voltou pra casa com dois tipos de comidas, comeram o peixe naquele dia, salgaram o Carcará para o dia seguinte e assim seguiram suas vidas, é assim a vida no sertão.

Café sem açúcar
Enviado por Café sem açúcar em 03/09/2016
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