CONTOS ASTRAIS O CONTRATO VIAGEM ASTRAL N° 16

Um dia extremamente quente difícil de dormir e muito cansativo. Iniciei os preparativos para a projeção UM DIA esotericamente perfeito para uma vingança. Durante 21 dias fui levado para os mais diversos lugares desse mundo de sonhos por uma entidade feminina, um demônio sucubu chamada Yoshino. Após os preparativos aconteceu que na saída do corpo não estava consciente, apareci em um lugar escuro e estranho para mim. Não tive percepção de onde estava. Nu, completamente nu. Uma nevoa cobria todo o local. Tento inutilmente me mover. Um fedor acre preenche tudo. Tão nauseante que chega me dar ânsia de vomito. Não saberia dizer quanto tempo permaneci na mesma posição até que a criatura chegou.

- Ora, se não é o próprio mandante. Já estava acostumado com as caricias de Yoshino.

- Não seja irônico K. Gosto muito de você.

- Você tem uma ótima maneira de demonstrar. Quando gostamos, por mínimo que seja nos importamos com a pessoa.

- Não seja sensível k. não tenho humanidade. Você está falando de mim não é? Kkkkk

- Não tenho por que reclamar, Vitra. Saltei no precipício e achei por um momento que não tinha saltado sozinho, mas isso já passou. Detesto admitir Vitra, mas esse é o meu mundo. Vejo pessoas viciadas em todo o tipo de porcaria. Fazendo as coisas mais imorais por essas porcarias. Pessoas que não dizem a verdade e não lutam por aquilo que querem ou fingem querer. Meias verdades são iguais à metade de venenos.

- Vejo que esse período de reclusão foi bom para você. Você sabe a minha opinião sobre as pessoas e o quanto lutei para que você voltasse. Pega leve com os seus irmãos, eles são crianças comparadas a você.

- Não acredito maldito que está com dó deles. Eu passei 21 dias sendo usado por aquela puta astral. Afundado, queimado, exaurido e chupado e você vem com essa de pega leve.

- Estou sorrindo muito com tudo isso. Um passeio no parque. Você entendeu? Um passeio no parque. Conta como você gostou da sua nova consorte!

- Não achei apropriada a cilada que você armou para mim no físico, não tenho idade para ilusão, mas estou satisfeito, afinal tinha que ser assim.

- Que assim seja! Toma de volta seus símbolos, seu corpo e sua linda espada. Sua armadura.

Com um gesto de sua mão meu corpo começou a acender como uma fogueira. Eu vi a serpente subindo pela minha coluna como se quisesse me tomar. Isso doeu. Minhas tatuagens sagradas aos poucos retomando seus lugares. Proteções e mais proteções, hieróglifos, símbolos esquecidos em aramaico e hebraico. Meus corpos noturnos conhecidos como os animais de poder. O morcego raposa, o lobo e o hibrido. Por fim e não menos importante minha linda espada sagrada forjada em kadath. Visto minha bata e cheiro o ar. Procuro a criatura para um pequeno teste, mas ela não está mais. Excitação, euforia e loucura se apossam de mim. Quase perco a consciência e luto para permanecer sóbrio, pois tem algo que arde mais que minhas tatuagens. Um sentimento forte que nasce no amago.

Existe uma lenda antiga que diz que somente um vampiro antigo tem o dom de se transformar em névoa no mundo astral. Vitra é essa criatura. Por isso esse monte de névoa me cercando. Eu poderia morrer se fosse antes. Mas agora é um passeio no parque. Maldito Vitra tinha que me mostrar um passeio no parque? Sete são as visitas que tenho que fazer para o Vitra. Vou chutar quatro traseiros para o meu bel prazer, talvez mais, talvez menos. Travar uma pequena guerra com um templo cheio de iniciados em magia negra. Aprisionar uma sucubu, o demônio feminino, assustar uma feiticeira tribal e lutar com um samurai até o cansaço extremo. Não quero praticar o roubo de energia, mas já tenho alguém ofertado gentilmente pela ordem. Amanhã vou visitar Kadath o castelo e sentar no que um dia foi meu lugar. Apenas para que todos me vejam na cúpula. Começa aqui os contos noturnos. Seja bem vindo ao inferno ele tem muitas moradas.

kronos
Enviado por kronos em 15/02/2017
Reeditado em 05/01/2018
Código do texto: T5913796
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.