Coragem na Fazendinha

A Fazendinha, a Mystic Falls brasileira, talvez seja um dos locais onde mora a hipocrisia, entre outras vícios, se fazem presentes nas relações sociais, se é que existem relações sociais.

Nesta localidade, alguns entes, como por exemplo Curupira, e a Bruxa de Blair, costumam se reunir nos becos fedidos para falarem da vida de outros integrantes desta Terra de Magia, ou seria, Terra da Hipocrisia.

A Bruxa de Blair convive com um bêbado, que costuma chegar em seu barraco, quase todos os dias, trançando as pernas, mas apesar disto esta personagem não tem coragem de divulgar este fato.

O fato é público e notória, e tanto é verdade que um agregado do bêbado não coragem de visitá-lo, talvez para não passar vergonha, ou ter que levar uma garrafa de pinga como cartão de visita.

No dia do passamento da madrasta da Bruxa de Blair, o bêbado chegou em casa trançando as pernas. A bebedeira era tanto que este não conseguia nem mesmo achar o buraco da fechadura, Affi,.

Mas, se não bastasse a bebedeira, a carroça do bêbado parece um lixo, para se dizer o menos. Não seria mas faço tomar conta da própria vida e aos invés de ficar nos becos fedidos falando da vida dos outros.

Outra que costuma falar em coragem, mas que não tem coragem de contar as coisas para os outros é Curupira. Recentemente o enteado querido de Curupira quis quebrar na pancada sua enteada, mas esta como sempre faz escondeu o fato, mas os moradores da Fazendinha viram.

Em uma outra oportunidade, Curupira sumiu por uns dias, e o enteado querido trouxe em casa umas moças divertidas, que aliás ficaram até a madrugada incomodando os outros mocós, mas onde está a coragem para contar estes fatos.

Aproveitando o episódio , os vagantes da Fazendinha tem se perguntando por qual motivo o enteado querido até hoje não apareceu com uma enteada na Fazendinha. Afinal o que tem acontecido?

Se não tem enteada, não tem girinos, e se não tem girinos a figura da vovozinha desaparece, e tem que pegar os girinos dos outros, falando que lhe pertence, para ter o título da figura querida da Chapeuzinho Vermelho.

Na realidade, são tantos eventos que são escondidos por aqueles que pregam a moralidade, mas que acendem uma vela para Deus e outra para o Diabo.

A hipocrisia reina solta na Fazendinha. Mas, como o assunto é coragem, existe um outro episódio.

Um fato ocorrido nas alamedas perdidas da Fazendinha, onde um agregado de Curupira juntamente com seu enteado querido se envolveram em um sinistro. O agregado, que diga-se de passagem estava alcoolizado, quis agredir uma vagante mas quando os agentes do Leviatã chegaram ficou igual a uma barata.

O agregado foi grampeado e levado para um dos estabelecimentos do Leviatã. Afinal, como diz Curupira se tem valentia com uma vagante porque o enteado e o agregado não saíram na porrada com os agentes do Leviatã.

Percebe-se que estes pobres espirituais, recalcados, desgraçados, conversam de mais e fazem pouco. Querem se dar bem a todo custo, mas a realidade é outra.

Assim, é a coragem na Fazendinha. Fala-se muito de longe, as escondidas, nos becos fedidos, pois se quisesse ser autentico deveria falar as coisas para que os agentes do Leviatã pudesse avaliar.

Afinal, como dizia o artista, vou apertar mas não vou usar agora. Triste realidade, que reina na Fazendinha, onde os entes místicos vagam, mentem, e são regidos pela hipocrisia.

Por isso, que Jeremias, no livro que é invocado por muitos na Fazendinha, mas seguido por poucos, dizia, maldito do homem que acredita no homem.

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