Minhas confissões sobre nosso adeus
Um dia atípico de muitos típicos que já foram.
Sim, hoje falo da atipicidade porque tuas ausências já não mais significavam como hoje de manhã, onde tu se fez em mim como falta.
E de repente, lembrei do nosso adeus e acompanhei a tradução daquela música que curtíamos juntos embalados a ligação com a opera, e nela falava sobre adeus.
Mas o adeus presente. O adeus que poderia ser o hoje e não se tornar um adeus de despedida, onde nenhum adeus pode ser o ultimo. O nosso adeus não poderia ter sido o ultimo. Mas de certo modo, naquele momento a razão pediria que fosse.
Depois de tanto tempo jamais hesitaria pensar em alguma proporção sequer de sentimentos ainda restantes, por pensar que já havia te superado. O tempo passou e nós tivemos que dizer adeus. E o tempo agora voltou, será que também diremos adeus?
Tenho lutado em tentativas incessantes de não recordar nossos domingos, tampouco de comer azeitonas sentados na cama. É até engraçado dizer que em algum momento não consegui mais recitar, tanta mistura de sentimentos, tantas angustias e medos, que apenas um me dá as certezas sobre nós: o será.
E é que a todo momento desconcentro. Com uma pilha de processos do lado, do outro um café, e no centro nós, me desconcertando, me desenvolvendo e envolvendo. E eu continuo achando tão sem sentido alguns escritos sobre tu. Porém precisei te escrever a fim de conter as lágrimas lutando por sair olhos afora.
Será que iremos novamente nos dizer adeus, ou será que nosso adeus se tornará o hoje? Ainda não pudi achar conjugação do nosso se. E continuarei nas inconstâncias.
Babe, eu só queria te dizer, é que ainda te espero.
Marinara Sena
30/05/2017
14:52pm