No sutiã da injustiça

Rômulo chegara no começo de sua rua e de longe pôde ver suas roupas voando pela janela, pareciam um arco-iris aterrisando em uma poça d'agua suja...

Ele correu até a porta de casa e com uma interrogação no olhar gritou para a esposa, perguntando por que ela estava fazendo isso...

Ignorando, a enfurecida mulher com olhos de sangue continuava jogando os pertences do até então marido, e passado alguns minutos com um sorriso abarrotado de deboche, forçadamente ela com um sutiã retirado da mochila dele, finalmente fala:

-Espero que a sirigaita tenha um espaço na casa dela para você ou se preferir vá dormir com os cachorros da rua, seu vira-lata...

E ferozmente fechou as janelas.

O pobre marido começa a pensar de quem seria aquele sutiã e lembra que sua irmã na noite anterior usara sua mochila....

Só lhe restava dormir no seio da rua....

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 11/12/2017
Reeditado em 11/12/2017
Código do texto: T6196429
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