A melhor das obras
Um dia certo artista decidiu que faria sua
obra prima. Bem assim, do nada. Sentou-se
em seu banco de fronte à mais perfeita tela e
começou a criar.
Após um tempo percebeu que sua tela não era
assim tão perfeita, era demasiado pequena, tinha algumas imperfeições que de primeiro não vira. Essa era a sua melhor mas de certo não era digna de sua mais sublime criação. O que deveria ser feito então?
Certamente deveria ser ousado, pois desejava que sua arte perdurasse por séculos e séculos. Ansiava ser lembrado, que parte de seu coração e alma estivesse nela.
Pois bem, pintaria no ar livre. Já no local escolhido pôs-se a pintar, deu à pintura traços característicos seus, todo o seu amor estava nela e naquele momento tinha algo para chamar de seu, algo que amaria para todo o sempre.
Pintou por horas a fio, até os dedos ficarem calejados, porém não desistiu. Não poderia parar porque caso fizesse temia perder a inspiração, então continuou, apesar do cansaço, a usar as mais magníficas cores.
Depois do que para ele pareceu uma eternidade finalmente terminou e permitiu-se descansar. Antes, porém, precisava admirar sua obra: as cores combinaram perfeitamente, a harmonia era única, era possível ver sua paixão transbordando pelos cantos da obra. Viu ele que tudo era bom e se alegrou.
Ele estava pintando a vida e ele era a vida.