O Circo
R J Cardoso

Incrível a arte circense, o impacto causado pela alegria do palhaço nos leva ao mundo mágico, os malabares com sua beleza e cor nos encantam para vida toda porque começamos assistir a espetáculo circense ainda muito cedo. Arte que de acordo com a história existe desde o começo da humanidade.
Há na China pinturas que nos mostram contorcionistas, equilibristas e acróbatas aquareladas quase 5000 cinco mil anos. E, ainda, guerreiros chineses que utilizavam esses malabares como forma de treinamento por conta da sincronia entre força, flexibilidade e rapidez de movimentos.
Realizou-se festa de acrobatas em homenagem aos turistas estrangeiros no ano 108 a.c, quando imperador se encantou e determinou que se repetisse uma vez por anos tal apresentação.
Existem malabaristas gravados nas pirâmides do Egito. Dizem que em Roma o circo teve uma história muito trágica. Conta que por volta do ano 70a.c existia o Circo Máximo que foi consumido por um grande incêndio e em seu lugar nasceu Coliseu.
Foram os europeus os responsáveis por trazer o circo para o Brasil no século XIX, eram famílias que tinham habilidade com a arte teatral. Os ciganos também oriundos da Europa reuniam-se em público para demonstrar suas destrezas com a arte de domar “urso e cavalos e ilusionismo”.
Os espetáculos só se repetiam se o público aprovasse, do contrário naquele lugar não se mostrava mais aquela arte. Adaptaram-se algumas atrações ao estilo brasileiro. O palhaço Europeu falava mais na base da mimica – talvez por dificuldade de falar a Língua Portuguesa – ao passo que o palhaço brasileiro, além de dominar a nossa língua, se saia melhor por ser hábil no uso da “comédia sorrateira”, e instrumentos musicais como violão.
A arte circense sobressaiu bem no Brasil porque o povo brasileiro gosta de ver os outros em situação de perigo, malabaristas, trapezistas e domadores de animais. A legislação brasileira proibiu a utilização de animais em espetáculos, por temer maus tratos.
Pena que com evolução tecnológica o circo vem perdendo sua essência, cujo exemplo se pode ver no Circo de Soleil cheio de novidade.
Acabou e já faz algum tempo o aprendizado da arte circense ensinada de pai para filho. No circo contemporâneo essa arte é aprendida nas escolas, cuja primeira surgiu no ano de 1978, em São Paulo, como Academia Piolin, ao passo que no Rio de Janeiro só veio aparecer, em 1982, a escola Nacional de Circo, onde “jovens aprendem a técnica da arte circense” e no fim organizam-se e fazem arte em praça publica - ou em qualquer lugar que lhe seja adequado.
Amanhã falaremos do encanto, da emoção que sentimos nos primeiros dias de vida quando assistimos aos primeiros espetáculos realizados por habilidosos palhaços, em qualquer parte do mundo.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 08/05/2018
Reeditado em 12/05/2020
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