Cav:.Sir Storm

Certo e nobre cavaleiro cavalga pela planície celtas solitárias e descrentes, experiências de batalha.

Sua profissão interrompida pelas mãos do ferimento que salvou sua alma e fez compreender as solidárias inquisições errantes.

Perdera sua esperança nos homens e nas leis da sua religião e brasão empunhando em sua bandeira de guerra.

O clã perdeu-se no esquecimento e somente seu cavalo e o tempo eram as linhas ligadas aos oito portais de sua honra.

No passado aclamado, no futuro honrado e no agora libertado pelas vidas que atirou nas fogueiras.

A carga de almas inocentes penduradas em seu incógnito pensamento e martírio.

Cavaleiro...

Simplesmente apagado em seu estandarte, um supremo defensor de sua ira na fuga de si mesmo.

Mas as marcas de sua luta pela vida circundavam seu caminho e nas lembranças a morte lhe trazia os gritos e loucuras em sua espada e lança.

Quando num sobressalto apunhalado pelas costas e salvo pela anciã que iria fartar a vida pela morte concebeu pela natureza e sábia alquimia das ervas sua vida sangrando nos campos e matas do lugarejo, a fornalha da inquisição.

Quando subiu sua consciência a luz e sentiu-se fraco e estranho a sua morada interna, as madeiras cruzadas e palhas de palma amarradas com cipó adormeceram em seus olhos.

Acordado mais tarde nas mãos de uma mulher anciã munida em suas expressões suaves e dedicada, que de sua alma alimentou as preces e a cura.

Adiante a essa expressão entregou sua espada e lança ao desespero em julgar sem conhecer, prender-se nas ordens impostas de covardes e ladrões da verdade.

Abandonou seu cedro, e ajoelhado perante o céu ofereceu-se como pecador e humilhando-se ao perdão.

Nenhuma paz caiu sobre seu pedido, e passou a não ser a face da morte, mas o passo errante da vida.

A nobreza para pobreza...

A coragem para humildade...

A força para a sabedoria...

Uma nova ordem em seu espirito manchado por um passado de ignorância e escravo de sua religião.

Era então a linha entre o céu e a terra, DEUS e sua creação...

E lutou pelos direitos da vida e pelas desistências á morte...

Observara as florestas e suas relvas, o seu alimento da carne como dadiva e as águas como o batismo de sua sede...

E mesmo assim carregou as cruzes de muitas vidas até descarregar por todo o seu caminho os sentimentos de seu ser, assim encontrava paz no trote do seu cavalo.

Em seu cavalo presenciou muitas vezes a lua banhando-se nos lagos e a folhas mudando de cor em seus outonos e o frio interno misturando-se com o externo.

Sua alquimia da vida...

Suas orações ao grande DEUS...

Mas oco em plenitude...

Seu rumo infinito sem chegada e sem partida...

A noite caia na cobrindo o sol e muito longe observou o perfil de um castelo e aproximando, ruinas de um lar empedrado em sofrimento.

Entrando desmontou de suas coatro pernas virtuais buscando um lugar seguro e passar a noite, quando percebeu um brilho em uma torre ainda intacta...

Despindo sua armadura tentou subir com uma tocha na mão, mas a penumbra da noite afastou todos os lugares seguros de apoio, decidindo então descer e aguardar a pintura bege do dia.

Tocado pelas gotas geladas das nuvens cinza um vazio no estomago e o cheiro do carvão esverdeado e úmido, acorda do pesadelo cicatrizado pelos gritos de sua espada de lamina avermelhada que no passado em nome de DEUS e cumplice da inquisição dos nobres religiosos feudais.

Feudais com suas bocas manchadas de sangue em seus julgamentos.

Usavam a ordem sacra dos cavaleiros como marionetes para vencer os supostos demônios do orgulho e matança com suas mãos limpas.

A honra trocada pela vergonha de ser humano e sua espada assassina, mas pela lamina do coração.

Mas aquele cavaleiro confuso e perdido na honra e suas cordas cortadas das mãos religiosas cumpria seu destino de encontro num caminho sem luz e nas trevas travara as guerras contra si mesmo, uma vitória com sabor de fel e os lábios secos pela injustiça pagã.

Olhar molhado para a torre que a luz da noite anterior apagada estava talvez à miragem de um milagre indicado pelas mãos divinas julgando suas prendas para o inferno.

Olhar cabisbaixo decidiu abandonar sua armadura e lança carregando apenas sua espada montou em seu cavalo e prosseguiu em sua linha trilhada na procura da sua paz com o tempo mergulhado no caldeirão fervente do arrependimento.

A chuva caia gelada e escorria pelo corpo respingando no pasto quente como lava.

Um moribundo em seu cavalo preso fora da liberdade nas grades da alma.

Seu amigo das batalhas trotava pensativo numa submissão parceira de sua solidão fechada naquele imenso campo fechado pelas vidas crescentes da natureza.

Sem caminho, sem vida e sem DEUS cavalgava a seis patas.

Neste momento um vento forte abateu seu pensamento e olhando para frente pode ver distante um pastor, uma ovelha que em sua visão pastava.

Chegando parou a frente do homem com sua túnica nobre cabelos curtos apontados para sua nuca e seu rosto sem vestígios de barba, incomum.

A cor de suas vestes branco linho e secas embaixo daquela garoa torrencial e suas sandálias de couro raspado de tiras lisas.

Sobrancelhas finas e pele polida num branco pálido olhos esticados como os mongóis olhos negros como as trevas de uma caverna, boca com lábios superiores mais finos que os inferiores, queixo quadrado e nariz arrebitado.

Sem emoção em seu rosto, olhava para ele e para a ovelha que devorava um lobo.

Rosnava protegendo sua carne fresca que arrancava de sua vitima já sem vida manchando sua lã cinza no vermelho esparramado no corpo da terra.

Sem medo da visão inversa de sua doutrina perguntou ao homem que na qual pensou ser um pastor e sua ovelha...

O tempo esvaziava seus diques enquanto olhava ao redor na imagem sem definição, qual seria aquele terreno seco com aquele guardião e suas feras.

A interrogação...

Sentia em seu pouco entendimento a arrogância daquela imagem aterrorizante de manipulação misteriosa com dissertações perigosas e mentiras para sufocar a verdade novamente.

Qual seria a resposta de uma pergunta sem sequer responder diretamente, mas simplesmente defender qualquer ato obscuro em metáforas e sapiências negras.

Fazer-se pensar ao invés de refazer o mau que o mundo sangrava pelas injustiças pagãs dos representantes das leis divinas na terra.

Bastava carregar as almas abatidas em sua mente e não acreditar em nada, somente seguindo enfrente e não encontrar julgamentos e nem absolvição dos atos humanos desconhecidos pela razão.

Aquele pastor dizia em seu enorme semblante algo que traria o cárcere eterno e bastam as correntes arrastadas apagando suas pegadas na terra sangrenta.

Encheu seu peito de ar...

Soltou pelas narinas juntamente com seu cansaço...

E sua duvida semeou a visão fantasmagórica da cena...

A ovelha cinza é a dócil mensagem dos céus para a alma humana...

Recebida a mensagem o homem se alimenta da liberdade humana devorando a liberdade das almas naturais... O lobo.

O pastor é a indignação da destreza da fome do ego do homem...

O sangue são as vidas derramadas...

E será sempre sugada pela terra a natureza da creação...

A imagem seca é a sede, a justiça que pedem os misericordiosos em seus enfartes pela espada...

E sua carga é comparada e sustentada pelos ventos do norte o cheiro de morte...

Impregna sua alma, tua honra é a derrota, mas tua verdade é a mentira,... Pense, e continue sua estrada.

Aquele cavaleiro sem DEUS estava naquele momento sendo varridos a alma e o espirito.

Foi julgado a percorrer um caminho sem trilhas, sem medo e ira.

Somente o ar que guia...

Montou em seu cavalo olhou para indignação e seguiu seu invisível caminho.

Cavaleiro lustra o fio de sua espada...·.

Sua armadura peitoral reencarnada...

Desafiou os reinos do mal com a lança de seu amor...

Contra atacado com golpes de humilhação e prepotência...

Empunhou a espada do perdão contra o vizir do reinado ilusão...

Cada prisioneiro do seu próprio ventre livre... Ódio e vingança

É perdoado, não sua culpa...

Todos os sentimentos putrefatos pela humanidade distintos ovelhas com dentes felinos...

Todas as ordens manipuladas serão folhas secas para adubar a nova terra a morada dos crentes em suas almas e médiuns em suas percepções...

O humilde espirito será o ser mais alto na compilação do novo mundo numa só geração guerreiros sem luz... Guerreiros do amor.

Não haverá governantes...

Não haverá ordens, pois o pequeno reinado da violência foi destruído.

E com o amor será o principio final do recomeço, sem tempo sem pressa.

A profecia não será um decreto sem volta, mas será a lei da mudança...

Livre mudança.

O mal em seu calabouço suplicará...

E quem um dia usou a profecia como livrar-se...

E quem um dia usou a profecia como manipulação para orgulhar-se...

E quem desejou que a profecia chegasse para assoberbar a verdade...

E quem um dia se personificou a própria verdade nas palavras...

Foi julgado pela mão do Cavaleiro e seu perfil brilhante coberto de sangue...

A profecia é o avesso...

Mas jamais alguém se aproveitará das fraquezas em seu beneficio...

Num banco o Cavaleiro adormece e cavalga fora do seu tempo...

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 09/08/2018
Reeditado em 09/08/2018
Código do texto: T6414610
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