CONVERSA DOS ANIMAIS

O burro, o cachorro, tinha como um dono um velho fazendeiro muito rico orgulhoso, incompreensível. Sempre conversava com os animais, tinha os preferenciais, risos, tinha um sonho de ser um poeta para transforma em um homem humilde e humano. De nossa vida terrena e dessa vida pequena só rimando converso.

A beleza não construia sua solidão e angústia para a vaidade e orgulho com tanta confusão, o burro todo sentimental falou:

-Meu dono pra que tanto preconceito?

-Tudo tem que ser escravizado?

Ergueu a ovelha e ficou a se lamentar das cargos pesadas que carregava todos os dias, cruel é o padecê...

O dono respondeu: -Hoje tu vai trabaiá muito, vai sofrê.

-Sinhô tenha compaixão, que sentença feia o senhor me dá. Abaixou as orelhas e seguiu, o homem inchou de vaidade e com egoísmo gritou:

-Teu dono é superiô!

-çei...

Fazendo graça e carinho para os outros fazendeiros, que ficaram cheio de espanto, vou te dá inteligência. O cachorro de nome pirata veio atrás de carinho e logo o homem retroceu o nariz, era mesmo um infeliz. Maltratando o pobre bichinho, disse resmungando e com uma bengala na mão.

-Sai pra lá coisa feia, veio me perturbar. Respondeu o cachorro latindo sentimental:

-Faço caçada na mata fechada, seja dia ou noite, não paro... Meu focinho sangra na pedra dura, fico todo furado de espinho e sujeito a presa de animais pensohentos, como cobra.

O homem inchou-se de vaidade e gritou:

-Quê ir se bora? A fazê careta cheio de rugas.

Qual é sua obrigação?

-Tomar conta da casa do sinhô e vigiar a casa

-Pois entoce que se vá, não fique aqui e acolá

-O home rico, orgulhoso, insensato, sem humildade pensou que nada lhe aconteceria, pois então resolveram fugir e deixá-lo sozinho para aprender a lição e assim sucedeu. Foi embora o burro, o cachorro, o gato, o macaco, a galinha, o porco, o pavão, o boi... A cozinheira Sinhá e o copeiro, os trabalhadores etc. Ao acordar percebeu que nada ouvia além do silêncio, começou a gritar, até ficou rouco... Sem voz, deitou-se na rede da bela varanda e sonhou jogando toda sua riqueza ao léu, porque não havia ninguém para cuidar e nem mesmo fazer sua comida tão quentinha de todos os dias. Percebeu que havia morrido e ia para um lugar ruim, escuro e infeliz, um abismo negro onde almas gritavam puxando a sua... Gritou pela luz da verdade, pela luz do sol, gritou por Deus pedindo mais uma chance de se regenerar, uma chance de voltar e mudar toda sua história, suas ações perversas e desumanas, mas, porém já era muito velho, mas não queria perecer eternamente, ser escuro, ser mau, e decidiu ser luz. Assim sucedeu, foi permitindo sua volta e sem cometer erros, voltou e tornou-se um bom homem.

Jey

Jey Lima Valadares
Enviado por Jey Lima Valadares em 18/03/2019
Código do texto: T6601141
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