O SUMIÇO DE REBECA

O Sumiço de Rebeca

Ane e seus colegas combinaram para passear no parque da cidade, no domingo a tarde. Ane tinha 13 anos era extrovertida, assim como vários de seus amigos, porém Rebeca era muito tímida e um pouco inocente para sua idade, tinha 13 anos também.

Saíram no domingo os cincos amigos: Ane, Receba, Artur, Aline e Gustavo com muita recomendação dos pais para tomarem cuidado, pois já ouviram falar em adolescentes que sumiram no parque e nunca mais foram encontrados. Inclusive alguns dos pais queriam levá-los, porém eles com muito apelo, conseguiram dispensá-los.

Os meninos não acreditavam no que os seus pais tanto preocupavam e seguiram com toda algazarra ao parque da cidade. Foram de ônibus, ao chegar lá encontraram outros colegas e entraram. Neste dia, tinha muitas pessoas passeando por lá, famílias com crianças, jovens e adolescentes, idosos, casais de namorados, alguns com skate, outros com patins, estava bastante movimentado.

Assim que entraram no parque, Ane percebendo o movimento, falou que seria melhor todos ficarem juntos, não se distanciarem uns dos outros, Artur respondeu:

- Ok mamis, tá com medo é?

- Medo não, é para a gente não se perder um do outro, seu chato! E não me chame de mamis!

E os meninos foram seguindo; uns com celular tirando fotos, outros com skate. De vez em quando, alguns se aproximavam das flores para tirar fotos, entraram num bosque que tinha várias flores, grandes arvores e um matagal extenso. Seguiram fotografando. Rebeca parava para fotografar todas as flores que encontravam pelo caminho.

No início deste bosque que ficava dentro do parque da cidade dois rapazes que não eram do grupo alertaram a turma de Ana que tomasse cuidado para não se perderem, pois não havia guardas por aquela parte.

Os meninos foram seguindo, contando piadas, fazendo brincadeiras e com seus celulares tirando fotos daquelas de ilusões de ótica, entretanto estavam demorando no bosque. Rebeca ia ficando para trás, fotografando as flores, mas sempre conseguia alcançá-los, porém em um momento que se sentou no chão para fotografar uma flor azul, um rapaz apareceu ao lado de um matagal e sinalizou a ela dizendo que por aquele lado tinha muitas flores lindas, havia um galho lindo para fotografar.

Rebeca, entusiasmada para fotografar as flores bonitas, seguiu o rapaz pelo matagal em direção diferente da de sua turma.

Passaram alguns minutos, quando Ane e seus amigos pararam um pouco de caminhar e perceberam que já estava escurecendo, Ane olhou para trás, não viu Rebeca e começou a chamar pela amiga, porém não ouviu resposta, foi quando viu que Rebeca não estava por ali e gritou:

- REBECA! ONDE VOCÊ ESTÁ? VAMOS EMBORA JÁ ESTÁ FICANDO TARDE!

E todos começaram entrar em pânico e gritando por Rebeca. Neste mesmo momento estava Rebeca em outra direção no meio de um matagal quando ouviu seus colegas gritarem, abriu a boca para responder, o rapaz segurou sua boca. Rebeca tentava tirar a mão dele e não conseguia, o rapaz só falava:

- Calma bonitinha, você não quer fotografar as flores?

Do outro lado do parque Artur falou:

- Acho melhor a gente voltar para o centro do parque, talvez ela se perdeu da gente e resolveu voltar pra lá, não tem como a gente ficar neste matagal, pois já está anoitecendo.

- Então vamos correndo, pois se ela não tiver lá a gente tem que chamar a policia! - Falou Ana bastante aflita.

Voltaram para o centro do parque, foram até a saída, e não viram Rebeca. Desesperados começaram a procurar as pessoas, mostrando a foto dela no celular, alguns falaram que a viram mais cedo, outros admiravam dizendo que sentia muito ela era muito bonita, foi quando eles perceberam que havia acontecido o pior mesmo – Rebeca havia sumido no parque. “E agora para voltar para casa sem Rebeca”? “O que os Pais iriam falar”? Ane e Aline começaram a chorar, os meninos preocupados e desesperados também não sabia o que fazer. O guarda aconselhou a turma a voltar logo para casa, pois acreditava que ela já poderia ter ido embora, mas Ana gritava dizendo que não, que ela não voltaria sem avisar a eles. Tentaram ligar para o celular dela, porém não conseguiam.

O guarda falou:

- Já estamos fechando o parque, você precisam sair!

- Mas como, se nossa amiga tá ai dentro? - Falou Gustavo.

- VAMOS CHAMAR A POLÍCIA!!! - Gritou Ane chorando.

Mas Artur sugeriu que, como eles eram menores, seria melhor ir para casa logo falar com seus pais. Os meninos resolveram sair do parque, desesperados sem saber o que fazer, todos choravam, Ana lamentava:

- Coitada de Rebeca tão inocente, o que será que aconteceu com ela?

Foi quando ouviram uma buzina, era a mãe de Ana chegando no carro. Todos correram tentando falar ao mesmo tempo. A mãe pedia calma para poder entender o que eles falavam. Todos entraram no carro da mãe de Ana e foram para a casa de Rebeca, sem mesmo saber como falar com a família dela, chegaram, subiram, tocaram a campainha, demorou um pouco de atender, quando a porta abriu Ane assustou com o que viu:

- Mas o que? Não acredito! Meu Deus! Não pode Ser!

Rebeca estava diante da porta sem entender o porquê do espanto de Ane.

Os meninos falaram que ela nem imaginava o apuro que eles tinham passado e Rebeca relatou o seguinte:

- Eu me distraí fotografando uma flor e depois apareceu George, aquele amigo nosso, chamou para ver umas flores, ouvi mesmo alguém gritar meu nome, mas George na brincadeira dele impediu-me de responder, quando percebei que já estava anoitecendo voltei para onde estávamos e não encontrei mais ninguém. George disse que sabia um caminho mais próximo da saída, fomos para a saída e vocês não estavam; fiquei chateada pensando que vocês haviam ido embora sem mim. Agora que vi as chamadas no celular.

MIRANDI ALVES PEREIRA OLIVEIRA
Enviado por MIRANDI ALVES PEREIRA OLIVEIRA em 03/04/2019
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