JAPÃO - O KABUKI constitui...

...a mais célebre forma das artes dramáticas japonesas derivadas de danças e dos dramas de NOH, das peças de BUNRAKU e de outras modalidades antigas, o KABUKI tomando sua forma atual no fim do século XVII (antiguinho, hein?) - originariamente representado por jovens mulheres e mais tarde rapazes, evoluiu até a presente forma, passando a ser representado apenas por homens nos papéis masculinos, evidentemente, e femininos. Em 1960, uma companhia teatral com atores de primeira categoria percorreu os States, centenário de estabelecimento das relações Nipo-Americanas. ----- Segundo a mitologia japonesa xintoísta, o teatro surgiu quando a deusa AME-NO-UZUME resolveu dançar em cima de um barril, em frente a caverna onde estava a deusa AMATERASU, a Deusa da Luz e do Sol, que se escondera da violência e malfeitos do irmão, deus SUSANOO - UZUME dançou na tentativa de atrai-la para fora da caverna e iluminar o mundo novamente. ----- O KABUKI conserva fielmente as ricas tradições de seu brilhante passado e durante 200 anos as peças imutáveis encantaram numeroso público. Embora na medula conserve o rigor da tradição, o repertório contém grande número de peças novas escritas por autores contemporâneos, movimentos para modernização, daí muitas produções cênicas representadas com algumas modificações feitas no novo estilo em fase experimental. /Lograram êxito? Não sei.../ ----- Ao lado de rica herança de dramas clássicos, nos demais gêneros o teatro japonês oferece dramas modernos em estilo europeu - como ponte de ligação entre os dois gêneros, no final do século XIX surgiu o grupo Shimpa, com raízes na tradição do KABUKI inicial; hoje, temas geralmente baseados nos hábitos comuns do povo. Existem numerosas companhias que há talvez quatro décadas já apresentam dramas em estilo ocidental, interesse do público pelo novo teatro, muito popular sobretudo entre os jovens: repertório amplo, desde obras clássicas de autores célebres - SHAKESPEARE, MOLIÈRE, IBSEN, TCHECOV - até peças mais modernas de dramas contemporâneos japoneses e estrangeiros.

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BON-ODORI - Origem no Japão entre os lavradores da zona rural e tornou-se festa tradicional encerrando os sentimentos de gratidão pela abundante safra e em memória dos ancestrais que tanto labutaram nas lidas do campo. Em 1968 (há registro), a Colônia Japonesa da Província de Fukushima, radicada em ATIBAIA - SP, recebeu da cidade de Fukushima, primeiro berço do BON-ODORI, o conjunto de bumbos para serem usados nas festividades. A DANÇA consiste em voltas ao redor do palanque onde ficam os bumbos, a percussão como único som, todo o espaço enfeitado caracteristicamente. Evento realizado no aniversário da cidade, junho, e na "Festa das Flores e dos Morangos", setembro.

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NOVO TEATRO JAPONÊS - Isoladamente com roteiros silenciosos, músicas não cantadas e danças não dançadas, não! O grupo japonês de teatro ISHIN-HA criou nova expressão artística (resultado pôde ser conferido no Brasil, no Sesc-Santos) - a peça 'Natsu no tobira' (A porta do verão) conta a estória de uma menina que passa as férias em frente a tevê - enredo mostra sonhos da garota misturados aos programas da telinha e visita ao túmulo do irmão: encenação no estilo Jan-jan Opera, barulhenta, e reúne dança, canto e perfomances sonoras, que propositalmente o público muitas vezes não entende o que cantado. "É o barulho cotidiano enquanto música", define (?) YUKICHI MATSUMOTO, presidente do grupo.

F I M

Rubemar Alves
Enviado por Rubemar Alves em 29/06/2019
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