Só que Inês agora é morta

Sabia da impossibilidade de voltar ao passado. A máquina do tempo só exitia nos filmes. Adorava esses filmes, adorava ficção. Mas bem que dava suas voltinhas ao passado no "tapete mágico" das recordações. Era viciado em evocar o passado. Viajava paca. Reconstituía na mente cenas do que chamava "bons tempos".

Mas em meio a essas divagaç~es, a esse cascatear de lembranças, ele também pensava: - Se fosse possível voltar de verdade ao passado eu não faria certas coisas que fiz e faria outras que nao fiz. Não que se arrependesse de nada do passado, das bobagens que fez e do que de bom nao fizera devido à preguiça eetc e coisa e tal.

Diizia aos camaradas botões que na certa buscaria fruir mais os prazeres zero oitocentos que a natureza oferece. Se dúvida evitaria ser tão arengueiro como foi. Estudaria mais e,claro, amaria muito mais. Amar seria sua absoluta prioridade. Assim como rir mais, evitar brigas e contemplar mais o sol, as estrelas e a lua. Outro ponto: jamais deixaria os seus ideais, sonhos utopia, mas defenderia mais a democracia e... jamais participaria de campanhas políticas. Daria, naturalmente, sua participação às causas sociais mas de outra forma, sem engajamento partidário. Detalhe:aquele tempo que passou jogando sinuca e malandrando aproveitaria para ler e aprender a escrever. Mas, rindo, enfatizava e repetia que o amor seria a grande prioridade. Não que nao tivesse amado, mas achava que nao amor o suficiente, amar tem que ser o objetivo principal.

Mas tinha consciência que ninguém pode atrasar o relógio da vida. Agora é tarde e Inês é morta, mas pelo e nos se pode viajar ao passado e, às vezes, nessa fantasia linda a gente altera as recordações. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 10/09/2019
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