S o r t e i o

Era no tempo da ditadura, no governo Geisel. Havia numa agência de um banco estatal uma meta a cumprir: reduzir a lotação. Era preciso transferir dois funcionários. Mas, apesar de ser u período ditatorial, já havia uma certa abertura e se criou na empresa um tal comitê que tinha que se reunir e poe unanimidade decidir sobre qualquer medida. Era composto pelo gerente, chefes e u representante dos funcionários. Assim a transferência, principalmente a indicação dos nomes dos sacrificados, teria que ser aprovada por todos, inclusive pelo tal representante.

Fizeram a tal reunião. Detalhe: já havia até a ata devidamente datilografada e como espaço para a assinatura dos membros do comitê. Erauma reunião pro forma. O gerente apenas colocou o papel em cima da mesa e pediu que todos assinassem, ele já tinha assinado. Mas aí houve um pequeno e fatal contratempo:o representante dos funcionários disse que não assinava. Foi um rebu danado. O gerente ficou bravo, tomou logo um copo de água co açúcar, os chefes focaram revoltados. Tentaram argumentar que era uma ordem da direção geral e priu. Mas o carinha ficou o pé não assinava. Discordava da medida e dos nomes indicados. Passaram mais de uma hora discutindo e nada. Por fim o gerente disse que o representante poderia até ser demitido. O carinha riue afirmou que isso nao era possível nem na ditadura porque ele era estável e al[em disso era delegado sindical e representante, tinha estabilidade, diferente dele gerente que era optante pelo FGTS e or isso demíssível a qualquer hora. Mas fez uma proposta por pura maldade: fazer um sorteio para escolher os transferidos, mas incluindo ogerente e todos os chefes. Ficaram anda mais revoltados. Entõ o representante afirmou que iria passar um telex para a direção geral narrando o caso e sua posição e outro para o sindicato falando em perseguição, botar na imprensa e etc e coisa e tal. Resolveram adiar a reunião e medida. Foram se egar com um graúdo que era aunha-e-carne com o presidente da estatal e a medida foi abortada. Ficarm com medo do sorteio. É na ditadura houve u mecanismo positivo. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 13/09/2019
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