O trem da vida
Ô trem bom de sonho
Trem da vida
Vidas que me esperam chegar
Sem me perguntar se vou demorar
Nem duvidar dos trilhos
Ainda a lapidar
Destino de um trem
Um grito em brasa
Muitas lembranças
Nesta vila de esperança
Do peso que carrego
Nada ei de ganhar
Meu trabalho é economizar,
O tempo que a vila terá.
Belo tempo fazia lá, o sol não cansava
O vento com cheiro de fumaça
Fazia algumas pessoas chorar
Com todo pesar
Parava para descansar
Mesmo com saudade de passear
Perto das pontes a me ameaçar
Quantas vidas hão de esperar
Os passageiros sempre cobrarão
Tu que está no trilho
Não faz mais que a obrigação
Porém, dou-os o perdão
Pobres sem coração
Onde lhe custa me olhar como irmão
Mesmo que na contramão
Eu sendo um latão
Sonhando que um trem possa voar como um avião
Do mal da desilusão
Não sofrerei não
Pouco importa no que se transformará
Todo despertar
Posso chegar à locomotiva,
Porque não a terra para ela passar
Serás sempre o mesmo devir
A buscar