O trem da vida

Ô trem bom de sonho

Trem da vida

Vidas que me esperam chegar

Sem me perguntar se vou demorar

Nem duvidar dos trilhos

Ainda a lapidar

Destino de um trem

Um grito em brasa

Muitas lembranças

Nesta vila de esperança

Do peso que carrego

Nada ei de ganhar

Meu trabalho é economizar,

O tempo que a vila terá.

Belo tempo fazia lá, o sol não cansava

O vento com cheiro de fumaça

Fazia algumas pessoas chorar

Com todo pesar

Parava para descansar

Mesmo com saudade de passear

Perto das pontes a me ameaçar

Quantas vidas hão de esperar

Os passageiros sempre cobrarão

Tu que está no trilho

Não faz mais que a obrigação

Porém, dou-os o perdão

Pobres sem coração

Onde lhe custa me olhar como irmão

Mesmo que na contramão

Eu sendo um latão

Sonhando que um trem possa voar como um avião

Do mal da desilusão

Não sofrerei não

Pouco importa no que se transformará

Todo despertar

Posso chegar à locomotiva,

Porque não a terra para ela passar

Serás sempre o mesmo devir

A buscar

Juliana deCiola
Enviado por Juliana deCiola em 30/09/2007
Reeditado em 28/11/2021
Código do texto: T675330
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