Divagando na madrugada

Estava na cadeira de balanço curtindo mais uma noite de insônia. Não se revoltava mais com ela, virara costume. Negava-se terminantemente a tomar um Rivotril, tomava apenas chá de camomila. Preferia esperar pelo sono, ele havia de pintar no seu pedaço

Durante essa espera elo sono havia um silêncio incrível apenas cortando . às vezes pelos som dos carros que assavam na rua. Esse véio meio caduco divgava meio pessimista, mas no fundo acalentava um pouco de esperança - o sonho do homem acordado. Dizia aos seus botões:

"Quem tem um mínimo de compromisso com a liberdade e a democracia não pode deixar de se rebelar ao testemunhar seu país sangrando, se degradando, ridicularizado no mundo todo e correndo o risco deviarar estado fascista e perder de vez o resto de liberdade, prevalecendo o deserto de ideias, instalando-se o fascismo e o fundamentalismo religioso. A liberdade é o oxigênio da democracia. Como se vive sem liberdade? Sem aquela liberdade que Cecília Meireles dizia que ninguém explica e ninguém deixa de entender? Que fique claro que a liberdade é mais importante que o conceito de pátria. Dizia Rui Barbosa: "Mas acima da pátria há ainda outra coisa: a Liberdade: porque a Liberdade é a condição da pátria, é a consciência, é o homem, é o princípio divino do nosso existir, é o único bem, cujo sacrifício a patria não pode reclamar, senão deliberada ao suicídio, com o que a pátria não pode condescender".

"Que Deus ajude o povoa estancar o sangramento do Brasil, mas sem o sacrifício da liberdade e da democracia. Amém".

Veio o sono e o velho dormiu e sonhou com a Senhora Liberdade qu tanto ama. Inté.