CARNAVAL - PARTE II

Num tempo antigo, destacou-se na música erudita o cearense ALBERTO NEPUMOCENO (1864 / 1920) - compositor, pianista, organista, professor e regente - que, com intenções nacionalistas, introduziu os modernos compositores europeus no Brasil. Defendia o uso da língua portuguesa na música clássica. ----- Já no campo da chamada música popular, ritmos como maxixe, modinha e toada começar a se fazer ouvir nos salões elegantes, toando o lugar da polca e da valsa; até então, a música popular era vista com preconceito. ----- "...a vizinhança concluiu logo que o major aprendia a tocar violão. Mas que coisa? Um homem tão sério metido nessas malandragens?" (Triste fim de Policarpo Quaresma, romance do pré-modernista LIMA BARRETO) - Preconceito em relação à música e aos instrumentos tidos como populares. ----- Compositores eruditos passaram a manifestar interesse e a valorizar os ritmos populares para as elites aceitarem aquele tipo de música. ----- Ao mesmo tempo, o CARNAVAL passou a se firmar como a principal festa popular do Rio de Janeiro. Em 1901, CHIQUINHA GONZAGA (1835 / 1935) divulgou uma marcha que iria ficar célebre: "Ó abre alas". ----- "Ó abre alas / Que eu quero passar / Ó abre alas / Que eu quero passar / Eu sou da Lira / Não posso negar / Ó abre alas / Que eu quero passar / Ó abre alas / Que eu quero passar / Rosa de Ouro / É quem vai ganhar." ----- A partir daí, a música carnavalesca tornou-se também um veículo importante e irreverente de sátira política. ----- O surgimento do gramofone, em 1904, ajudou a difundir a música por todo o país.

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LEIAM meu trabalho "Limabarreteando..."- Parte IV (cont.).

NOTA DO AUTOR:

Minissérie CHIQUINHA GONZAGA, adaptada por LAURO CÉSAR MUNIZ, baseada na obra de DALVA LAZARONI DE MORAES, 38 episódios, janeiro-março/1999, TV Globo - Regina Duarte, Gabriela Duarte, Carlos Alberto Riccelli.

F I M

Rubemar Alves
Enviado por Rubemar Alves em 27/10/2019
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