Desabafando durante noite de insônia

NUMA das suas noites de insônia, sentado na sua velha cadeira de balanço, ouvindo apenas a zoada da chuva que caía lá fora, o coroa enfadado desabafava co seus botões.

Ele refletia sobre sua vida, principalmente sobre sus derrotas que ele não considerava derrotas mas parte da vida. Recordava os tempos da juventude, os primeiros sentimentos de rebeldia que o acompanhariam durante toda a vida. Ele sabia,talvez maisque muita gente, qe lutava por um mundo quase impossível(lembrou-se da música traduzida por Chico Buarque e cantada por Bethânia). Sabia que que a sua utopia era mesmo um sonho impossível. Tinha consciência que era um sujeito estigmatizado e marcado. Lembrou-se do verso de Cecília Meireles: "Liberdade ainda que tarde/Ouve-se em redor da mesa./E a bandeira já está viva/ E sobe na noite imensa/ E os seus tristes inventores/ Já são são réus pois se atreveram /afalar em liberdade. Adorava esse poema.

Continuou recordando seus acanhados embates. Nada importante, mas achava que fizera a sua parte -e continuava fazendo entro das suas limitações. Como o sono não chegava pegou um livro para ler, a esmo, dentro dele havia um recorte de jornal com uma frase, pasmem, de Carlos Lacerda, um dos expoentes da direita, riu mas o Corvo dissera uma grande verdade: "A liberdade não é um bem que ase adquire e se aluga e portanto se pode alienar ou dispensar. É um atributo do homem, uma qualidade inseparável de sua natureza".

De repente notou que amanhecera, chegou o sono e ele dormiu e sonhou com a Senhora Liberdade. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 08/01/2020
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