O VELHO BASILIO

- Sentem aqui , meus amigos, que vou lhes contar uma estória. Venham, cheguem mais, o velho já está com a voz fraca. Assim o velho Basílio iniciava mais uma rodada de estórias sobre seu país, cercado de jovens na sua casa, bem debaixo de uma parreira que os protegia do Sol e enfeitava a entrada do casarão secular.

- Era uma vez um país chamado LISARBUÊ.

Um território composto por terras da Era Primária, rochas antigas, distantes geologicamente de abalos sísmicos. Portanto, estava longe de sofrer acidentes geológicos de média ou grande impacto na vida de seus habitantes. Suas florestas são úmidas, dificultando incêndios sazonais e de difícil contenção. Essa humidade dificulta a ocupação populacional no interior. Banhado por dois oceanos, possui um clima agradável em

grande parte de seu território vocacionado ao bem estar, adequado a agropecuária por seus campos , majoritariamente férteis e planos.

Visivelmente ocupado por uma população corrupta e avessa a leis e normas de qualquer espécie. Até os compromissos rotineiros eram difíceis de serem cumpridos, pois não se cumpriam os horários estabelecidos e acordados entre partes. É o esporte nacional.

O clima quente sempre acrescentou uma malemolência ímpar á mentalidade do povo.

O lema constante informal de sua bandeira é O QUE É MEU, É MEU. O SEU , VAMOS DISCUTIR!

Sua capital é Skulhamnbad. Uma cidade que sempre foi reflexo do país sem tirar nem pôr. Uma Sodoma e Gomorra dos trópicos e do nosso tempo.

O maior destaque era a classe política, maior parte dos parlamentares devedores da Justiça, que faziam e modificavam leis a seu bel prazer, melhor dizendo, para tirar e salvar políticos parceiros das garras daqueles juízes comprometidos com a Seriedade jurídica.

Mesmo apanhados no crime não eram criminalizados e, quando condenados, não cumpriam as penas. Ficavam em liberdade aguardando a solução, que demorava décadas, da interposição de suas medidas cautelares e recursos infindáveis contra as decisões desfavoráveis. Acabavam incólumes pela prescrição do delito na grande maioria dos casos.

As cadeias eram comandadas pelos meliantes que estavam encarcerados; as celas não possuiam portas trancadas com acesso livre nos corredores. Tinham visitas íntimas, que , nestas, recebiam drogas e despachavam ordens a crimes fora dos limites da cadeia e tinham , ainda, saídas programadas para cometerem mais crimes sete vezes por ano; ganhavam um salário por filho enquanto encarcerados e redução na pena por livros lidos! Ressalte- se que o salário pago era maior que o piso nacional destinado aos homens de bem e trabalhadores.

Os juízes até hoje sustentados por gordos subsídios, deixando-os muito distantes do modo de vida do restante da população. Quando cometem delitos são aposentados com salários integrais como punição.

A polícia, que guarda as cadeias, é praticamente refém dos marginais e contumazmente ameaçada, juntamente com suas famílias, para atender missões dos encarcerados fora da cadeia.

Os homens de bem, nos tempos bicudos, não queriam aparecer para não se misturarem com os corruptos.

Sem ação eficiente dos órgãos jurisdicionais, que estão mais vocacionados , com a maioria dos juízes adeptos do marxismo, a defesa e o bem estar da classe bandida em detrimento do povo que sofre nas mãos dos recalcitrantes desrespeitadores da lei e da ordem.

Não era prática rotineira resolver os problemas em espaço de tempo curto e , como esporte nacional, deixar a solução para depois, era normal o retardo.

O congresso nacional era um reflexo da ação da bandidagem refinada.

A reunião de políticos nas mais altas casas de decisão política era como um “ balaio de gatos”. Cada um puxando para seu lado e a Nação que se escafedesse. Suas maiores ações iam na direção de inviabilizar o governo, pois o governo era limpo e seus membros competentes seus membros caçavam os corruptos. Mas eram tantos que dava impressão de não conseguirem seu intento. Tudo isso apoiado por leis, que a própria bandidagem, lotada no meio dos maus políticos, fazia. Claro em benefício próprio.

Os presidentes dessas Casas eram visitantes constantes de mandatários de países contrários à ideologia do presidente da república , a quem sempre procuravam prejudicar ora atrasando a tramitação de projetos ou negando e impedindo seu prosseguimento ou execução.

Também não aprovavam medidas reconhecidamente prejudiciais à administração federal, á governabilidade e a rotina do povo. Apenas aprovavam medidas para neutralizar o governo e as de interesse exclusivo da classe politica para saquear o Tesouro.

A educação era regida por um método marxista, que visava evitar constrangimentos na reprovação dos alunos aprovando todos, nas faixas iniciais, literalmente inviabilizando correção de rumos, gerando uma multidão de analfabetos funcionais. O resultado prático era de que não se dispunha de uma mão de obra qualificada, colaborando para o desemprego.

A saúde era um caso á parte. Eram constantes, o fechamento de lojas comerciais para instalação de farmácias nos pontos mais importantes de circulação da população em todas as cidades. Era o reflexo de que o povo estava doente, e buscava soluções, flagrantemente. Chegaram ao desespero de contratar médicos estrangeiros, alegando que não haviam médicos suficientes nomeais para tratar dos pobres, mas descobriram que não eram médicos, pois o país contratado para fornecer essa mão de obra, não possuía faculdades suficiente para formar o que prometeram. Na realidade o dinheiro pago nos contratos era dirigidos ao país e ficando os “médicos” com uma reduzida parte. Eram tratados por uma organização para-estatal como escravos, seguindo normas que burlavam as do LISARBUÊ, um negociata sórdida feita enciuma da população e dos cofres públicos do país. Tudo em acordos secretos.

A elite nacional estava a anos-luz das necessidades e dos problemas. Numa das maiores cidades, carente em tudo, com o povo misturando-se com a bandidagem, votaram em massa no candidato que queria destruir a cidade. Só um caolho para não entender o queria dizer na sua plataforma eleitoral. Mas não ganhou, felizmente. Mas sua votação foi grande, principalmente na elite rica dos bairros mais ricos. Mas não tenho dúvidas que o povo sem vergonha irá elegê-lo a um posto de destaque assim como seus correligionários na próxima eleição. Uma cidade bela, mas habitada por uma população absolutamente irresponsável. Vocês sabem de onde falo, não precisa dizer o nome da cidade.

O esporte nacional-o futebol- catalisava toda esperança do povo na época de competições internacionais. Era seleção para cá , seleção para lá e jogadores, todos morando no exterior e ganhando salários astronômicos, cortejados como heróis e salvadores da Pátria, por uma plêiade de pessoas incapazes de discernir uma frase. Um bando de semi-analfabetos, insensíveis aos problemas do país, e ungidos com talento esportivo, faziam a alegria de todos.

Os políticos, como já disse, eram uma classe á parte no cenário nacional. Dependendo da sua posição( municipal, estadual ou federal) tinham todos os recursos e favorecimento possíveis, até certo ponto imunes á Justiça, podendo cometer os maiores abusos sem ninguém para molestar ou advertir. Caso isso ocorresse, era julgado no âmbito de seus pares e sempre inocentado.

A fraude eleitoral era uma constante com votos a cabresto e nos últimos anos com a manipulação de urnas eletrônicas impostas no sistema de votações pela esquerda, que dominava todos os conselhos e tribunais.

- Mestre Basílio, até onde foi essa estória? pergunta um dos jovens.

- Foi até chegar um presidente que queria colocar tudo no seu lugar, filho.

- Deixaram ele governar? pergunta outro.

- Exato, meu amigo. O trabalho desse jovem presidente foi hercúleo, pois todo mundo era contra ele. A classe política , o STF e a imprensa urravam alto pelo sucesso alcançado ema todas as medidas saneadoras. Tentaram até matar-lo na época das eleições, mas não conseguiram.

- Apanharam quem tentou matar o presidente, Mestre Basílio?

- Não, meus filho, todas as tentativas foram cerceadas pelos tribunais, que impediram até o rastreamento do telefone do suspeito, que foi apanhado em flagrante. Também deu dinheiro pago aos advogados. Para terminar a investigação foi declarado mentalmente incapaz!!

- Essa estória parece tão complicada quanto ao caso do presidente dos Estados Unidos morto em Dallas! afirmou uma garota.

- Sim, minha filha, aqui até a OAB saltou das tamancas para defender o bandido, sinalizando que tinha muita coisa grossa por trás. E até hoje tudo continua trancado a sete chaves pela Justiça! Vocês não imaginam a quantidade de gente mal-intencionada por trás das atividades no LISARBUÊ. Basta ver a quantidade de ministros, e funcionários do alto escalão do atual presidente, conseguiram tirar do governo com “pegadinhas” comprometendo os ocupantes desse cargos. Algo inacreditável, se os procedimentos não fossem provocados por uma imprensa manipuladora e políticos da pior estirpe.

- Como podemos solucionar isso, Mestre Basílio?

- Meus filhos, o problema é que a esquerda destruiu os alicerces do país preparando o terreno para imposição de sua doutrina totalitária, corrupta e imoral que denigre o ser humano.

- Temos de reagir, pois essa doutrina não deu certo em nenhum país do mundo até hoje e só leva empobrecimento, destruição moral e física de todos os povos que escraviza. Eles formatam o cérebro da juventude que não consegue escapar do assédio, pois é total. O outro lado, ou opinião, não existe, só a deles.

- Mas e os colégios e universidades não reagiram a essa dominação?

- Não, meu filho, pois foram os primeiros a serem doutrinados e formaram as bases de expansão da doutrinação.

- Pois, então, vamos reagir agindo nesses núcleos!

- Sim ,meus filhos, o atual governo está atacando esses feudos, tendo até descoberto plantações e consumo de drogas de todo tipo, dentro das universidades!

- E a polícia nada fez?

- As universidades se atribuíram um poder absoluto, que chamam de autonomia universitária e eles, os reitores, não permitem a entrada da polícia nos seus campus. Como se fossem de outro mundo e fora do alcance da lei.

- Por atacar o núcleo dos esquerdistas tanto o presidente como alguns ministros são alvos diários de calunias e desinformação.

- O que é desinformação, Mestre?

- É o desvirtuamento da verdade. Ela pode ser apresentada como uma meia verdade, sempre no intuito de prejudicar. Bom, meus amigos, era o que tinha por hoje. Venham mais seguido. Gosto de falar com vocês. Até semana que vem! Vou contar o que aconteceu com aquele país.