Véio Isolado

ESTAVA consciente da necessidade do isolamento. Era um imperativo do momento, de sobrevivência. ra preciso viver isolado. Mas sem perder a esperança jamais num amanhã radioso e livre dessa ameaça maldita do coronavírus. O jeito, portanto, era pensar positivo e ter fé em Deus.

Era a fé e a esperança que lhe davam força para aguentar ese isolamento e essa solidão. Sempre lia as crônicas de Dom Hélder, era um lenitivo para encarar o novo tipo de vida. Leu um trecho de uma dessas crônicas:

"Há pessoas que não podem perdera esperança. Se a esperança se apagar dentro delas, que será de dezenas, de centenas de outras que vêm beber esperança na fonte que não deve secar?...

"Ora, Pai: sabeis como ninguém que nossas pobres fontes humanas secam,, se esgotam com a maior facilidade. Só mesmo apelando para as fontes de água viva, de que falou vosso Filho e nosso Irmão, Jesus Cristo. Somente elas não secam. São perenes e jorram para a vida eterna!".

Fechou o livro e foi à janela tomar ar puro. Inté.