SONHOS PROFÉTICOS

Havia um homem na pequena cidade de Nova Friburgo, região serrana Rio de Janeiro, cujo nome era Adilson. Ele era um homem íntegro, justo e temente a Deus. Antes do amanhecer ele se levantava

e suplicava pelas pessoas que poderiam estar necessitando de algo, em especial, naquele momento crítico em que o mundo fora atingido por uma pandemia sem precedentes. Pedia o socorro de Deus para eles. Adilson meditava na palavra santa e nela depositava a sua esperança. Ficava acordado em longas vigílias, sempre rogando pelos mais necessitados. Durante uma dessas vigílias, Adilson teve uma visão, na qual um homem se apresentava sentado em um banco da praça principal da cidade, com roupas modestas, cabisbaixo e semblante desolado. Na visão, Deus determinara que ele deveria retirar certa quantia em dinheiro das suas economias, conforme o que seu coração lhe tocasse e entregasse àquele homem. Não deu maiores detalhes, apenas lhe inspirou através do seu Espírito. Adilson não conseguia entender o propósito daquilo, mas não questionou, apenas obedeceu. Depois que teve essa visão, preparou-se e partiu imediatamente para o local onde Deus determinara que fosse. Durante o trajeto que percorreu tentava lidar com a intranquilidade gerada em seu coração em razão daquele encontro, das circunstâncias em torno dele. Não estava preocupado com o valor da “oferta”, embora tivesse separado algo significativo, mas preocupava-se muito mais com o momento da abordagem. Como se aproximaria de uma pessoa completamente estranha e trataria de um assunto que chegava a beirar a linha do imaginário e do absurdo ? Aquele homem seria capaz de entender o que se passava? Como iria lidar com aquela questão? Quando chegou ao local observou todo o espaço que compreendia a praça e viu um homem sentado em um banco situado bem no centro, cabisbaixo, com roupas simples, exatamente como vira na visão e então teve plena convicção de que o sinal de Deus se confirmara. Aproximou-se daquele desconhecido e sem delongas começou a explicar:

_ Meu amigo, nem sei como te falar e pode ser até que você pense que sou louco, mas acontece que Deus me mandou aqui hoje e me pediu para entregar esse pacote que contém certo valor em dinheiro a você. Não faço ideia do real propósito disso, mas aqui está. Peço, por favor, que aceite.

O homem que estava sentado levantou-se num rompante e exclamou com voz de júbilo:

_ Louvado seja o nome do Senhor Deus! Saiba, meu amigo. Por causa da pandemia perdi o meu emprego. Na minha casa já não há provisão alguma e minha família perece de fome. Ontem à noite enquanto orava a Deus pedindo o seu socorro, ele me concedeu uma visão na qual determinou que eu viesse para cá e me sentasse exatamente nesse banco porque Ele proveria tudo o que fosse necessário para mim e para os meus familiares. Eu não sabia o que fazer, tampouco como proceder, mas decidi apenas confiar. Diante da constatação daquele milagre, ambos se abraçaram fortemente por um longo tempo, chorando e louvando a Deus. Ainda mais confiantes no Deus provedor. Aquele que não deixa o justo desamparado nem a sua descendência mendigar o pão.

Vander Cruz
Enviado por Vander Cruz em 26/04/2020
Reeditado em 07/02/2023
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