As histórias dos reinados.

Era um dia bem claro, estava em um palácio aonde acontecia uma festa a fantasia com muita gente nobre, todos de vestidos e ternos lindos e as máscaras também. Encontrei alguns amigos e o meu acompanhante, nos reunimos e começamos a conversar, descobrimos que alguma coisa estava errada, tinha uma feiticeira que estava planejando roubar a coroa da princesa que iria se tornar rainha naquele dia, então eu e meus amigos fomos até o local aonde ela estaria.

Chegando lá, o local parecia uma construção abandonada, muito escuro, e ela ja estava lá com os seus capangas e nós não vimos, ela colocou visões falsas nas nossas mentes, uma delas foi a do meu acompanhante que viu sua família em apuros com um certo homem que atrapalhava o relacionamento de seus pais, este homem queria matar o meu acompanhante, Eric, então este homem saltou e começou a lutar com ele e eu fiquei sem saber oque fazer e entrei no meio da luta para separar.

Quando o homem jogou Eric de um barranco e ele caiu em um riacho que tinha no fundo, eu desesperadamente pulei para salvá-lo, puxando com todas minhas forças e trouxe ele até a superfície, fiquei muito nervosa pois ele estava muito machucado, e naquele momento a feiticeira se revelou em uma espécie de bolha, ela ria da situação e logo seus capangas foram se revelando também ao redor dos meus outros amigos. Sem saber oque faríamos, eu acabei liberando poderes que tinham em minha linhagem de sangue, afetei todos os meus amigos que também acabaram ficando com poderes, Eric estava se recuperando rápido então levei ele pra cima aonde estavam todos junto comigo. Começamos a lutar contra os capangas, foi uma luta muito rápida, pois todos os meus amigos ficaram muito fortes com meus poderes, mas a feiticeira vendo que estava perdendo, fugiu para algum lugar do palácio.

Todos nós fomos correndo para lá, quando chegamos não havia mais ninguém dos convidados no palácio, as portas estavam fechadas e ficamos trancados para fora, procurando maneiras de entrar.

Enquanto isso, a feiticeira reuniu novos capangas para dentro do palácio, e foram invadindo pouco a pouco até conseguirem chegar a sala do trono. Eram muitas passagens difíceis, com senhas e armadilhas, a feiticeira era muito esperta, colocava seus capangas para enfrentar essas passagens enquanto ela apenas dava instruções de dentro de sua bolha. Depois de um tempo, eles conseguiraram entrar na sala do trono, porém, nós já tinhamos achado uma passagem para entrar na sala do trono por fora do palácio, havia muitos jardins ao redor e então fomos contornando o castelo por esses jardins ate achar uma entrada, era arriscada mas iria dar certo. Passamos por uma ponte com uma árvore que cobria ela, chegamos em uma sacada do hall de entrada do palácio, corremos até a torre aonde ficava a sala do trono e ela era muito alta, tinha janelas grandes em quase toda a extensão da torre. Tivemos a ideia se escalar a torre pela lateral do palácio que tinha esculturas de anjos, até chegar nas janelas e entrar por elas.

A feiticeira olhava a sala do trono, um local aonde nas laterais havia uma linda vista dos jardins pelas janelas, ao meio tinha uma poltrona em ouro e atrás dela havia uma cama enorme, todos os móveis eram em cor de ouro e tecidos vermelhos e rosa, a feiticeira se transformou em um animal pequeno, um tipo de camundongo, e foi até a janela lateral na sua direita, aonde havia um baú grande também em ouro, a feiticeira entrou dentro do baú e encontrou jóias, ouro, e uma caixinha aonde estava a coroa, ela se surpreendeu e saiu do baú se transformando de novo em uma forma humana, sua verdadeira forma, ela ria muito por ter conseguido encontrar o ouro real, mas parou quando viu eu e meus amigos escalando a torre.

Ela gritava que nunca iríamos conseguir entrar lá, e saiu correndo até a porta e avisou seus capangas para ficar preparados, e com medo, ela se transformou em uma almofada que ficava em um sofá perto da outra janela.

Quando conseguimos entrar, os capangas estavam sendo derrotados pelos guardas do palácio que apareceram quando o alerta foi emitido silenciosamente pela sala do trono, nós entramos na sala pela janela como planejado e procuramos pela feiticeira, eu notei que algo estava fora do comum, apenas uma almofada estava com um formato diferente das outras do local, ela tinha duas bolinhas pretas em sua estampa, quando peguei na almofada, a feiticeira se revelou. Os guardas entraram na sala e atrás deles estava a princesa e o seu príncipe, eles vieram até mim e a feiticeira ainda em minhas mãos em formato de alfomada. A princesa perguntou a feiticeira o por quê de ter invadido o palácio e ela respondeu chorando que só queria ser reconhecida como uma grande mulher como a princesa, que foi rejeitada muitos anos atrás pelos pais da princesa e que queria vir morar no palácio, mas tendo visto que não iria conseguir, ela tentou invadir e ficar com tudo para ela. A princesa era muito boa, vestia um vestido rodado rosa claro e seus cabelos eram loiros e cacheado nas pontas, e com um sorriso sincero e uma expressão piedosa, pediu para que a feiticeira se revelasse em sua verdadeira forma, e então ela se revelou, era uma mulher bonita, cabelos escuros e lisos, uma roupa roxa simples de camponesa, e em sua face escorriam lágrimas. A princesa vendo a tristeza da mulher, disse que queria saber de sua história mais a fundo e que queria reparar os erros de seus pais para com ela.

Depois de algum tempo conversando, a princesa e a feiticeira tinha muitas coisas em comum e acabou descobrindo que quando eram pequenas elas sempre brincavam juntas mas depois de um tempo a feiticeira foi expulsa do palácio e a princesa nunca mais conseguiu vê-la novamente, tudo por causa de um truque de mágica que elas sempre faziam quando crianças, e a feiticeira acabou fazendo de verdade sem saber de seus poderes, as outras crianças se assustaram e contaram para os pais da princesa, e eles com medo de algo acontecer com sua filha, separaram as duas.

Com isso, a princesa abraçou muito forte a feiticeira e pediu para ela perdoar oque seus pais fizeram e que nunca mais iria ficar longe dela. Depois dessa cena linda, todos foram de volta ao salão, o príncipe era também um treinador de novos guardas do castelo, e pediu para mim e os meus amigos começarem a treinar com ele já no próximo dia.

Já no outro dia, tudo estava sendo preparado para daqui uma semana ser feito novamente a cerimônia de coroação da princesa. Enquanto isso, eu me preparava para ir ao treinamento do príncipe, estava animada e no caminho fui notando como era a estrutura do palácio. No palácio principal havia os jardins lindos, e aos redores eram pontes suspensas bem estreitas por onde passavam as pessoas, era tudo vem colorido cheio de flores em todo canto, era meio perigoso pois as pontes que também eram as ruas eram apertadas e bem sinuosas, então a qualquer momento poderiam cair de lá de cima se machucarem ou até vir a óbito, mas como disse, a população já era acostumada. Mais a frente, divididos por um mar, havia um outro palácio amarelo e em formato mais arredondado, de outros povos aliados, e mais ao lado existia apenas as ruínas de um antigo castelo. No caminho, na ponte principal do nosso palácio para as ruínas do outro castelo, dava para ver as três construções, a dimensão dos reinos em meio ao grande mar estreito.

Chegando ao local combinado, apenas alguns amigos meus foram e tinham várias outras pessoas lá também, o príncipe foi até mim e me comprimentou e disse que para passar na avaliação final teria que me sair muito bem durante os treinamentos. Ele me ajudava muito durante os percursos, que eram como labirintos com barras de metal no chão e que tinhamos que passar por elas correndo e desviando, e as vezes fazer exercícios de força. Todos se esforçavam muito, e os treinos eram praticados nas pontes estreitas, ao ar livre. Até que o dia da avaliação final chegou, e o princípe passou as instruções, a avaliação consistia em uma corrida até o palácio real e depois procurar todas as informações que conseguirmos sobre a história da invasão do comandante Juan ao antigo castelo real a muito tempo atrás, que só restou as suas ruínas, a missão era que quem encontrasse primeiro o símbolo real deixado pelo comandante Juan iria ganhar a corrida. O príncipe então, deu a largada, e começamos a correr até o palácio, desviando dos labirintos como nos treinamentos. Eu e um outro rapaz tínhamos uma richa, pois éramos os que mais se destacaram até aquele momento, nos provocávamos falando coisas do tipo que agora iríamos ver quem era o melhor, eu apenas ri e corria muito. Por mais concorrente que seja, acabamos tendo que trabalhar juntos para conseguir informações sobre a tal história que ninguém conhecia direito.

Chegamos primeiro no palácio e fomos direto até o ancião da biblioteca real, perguntamos tudo oque ele sabia sobre a história e ele nos contou a seguinte "a história da invasão, foi a muitos anos atrás, era uma briga por territórios segundo os livros, mas na verdade era a disputa por uma linda jovem, ela era encantadora e todos ao seu redor queriam se casar com ela. Um dia, um rei pediu a seu comandante Juan, trazer a jovem para seu reino pois queria se casar com ela, e então o fez, mas a moça recusou ao comandante a ordem dele. O comandante pediu ao rei alguns dias para convercer a moça a ir com ele. Os dias se tornaram meses, e o comandante acabou se apaixonando pela moça, não sabendo oque falar para o rei, ficou muito tempo sem escrever uma resposta. O rei ficou furioso e enviu novas tropas para buscarem a jovem e o comandante, mas quando chegaram lá, viram um castelo construído que antes não havia lá. A tropa foi a procura do comandante pelo porto, e acharam somente informações sobre um novo rei e sua rainha e que lá iriam achar qualquer das informações. Indo então falar com os reis, a tropa avista o comandante Juan e a jovem como os reis daquele castelo e vilarejo, começou então uma luta, e no meio dela, o comandante pediu para a jovem correr para o topo do castelo e se esconder. Os navios do rei que vieram começaram a atirar com seus canhões no castelo, destruindo aos poucos. O comandante Juan não sabia oque fazer, e derrepente, tudo parou, o tempo parou, todos os soldados estavam como estátuas, e descendo as escadarias a jovem estava vestindo um lindo vestido branco brilhante, os seus cabelos estavam da mesma cor e compridos até a cintura, os olhos azuis como nunca e o comandante sem entender oque estava acontecendo, pergunta a sua amada oque ela fez e respondendo com um semblante triste, disse que sua beleza não vinha em vão, seus charmes e encantos, e sua desconhecida linhagem de família, ela era vinda de um espírito maior, nascida da flor das redondezas, vinda para criar a paz e não a guerra, disse então que iria embora ao reino de onde Juan veio, e acabaria com essa guerra, ela tinha um grande conhecimento sobre a física todos os outros, criando um monumento de mármore no topo do castelo com o formato do rosto de Juan e disse que lá colocou um pequeno pássaro, e que só quando ele fosse achado, ela retornaria para Juan. O comandante sem escolhas vendo o tamanho poder que sua amada tinha, se despediu lhe abraçando muito forte, quando tudo sumiu, Juan se viu em meio as ruínas do castelo e avistando os navios do seu rei indo embora com a sua amada a bordo. Ele procurou por anos e anos o pássaro deixado no monumento, mas ele nunca achou, logo a velhice lhe pego, e ele veio a falecer. Essa história foi relatada nos diários do comandante, e depois de muito tempo, ela foi interpretada de várias formas e cada um de um jeito, mas so os que sabiam ler, sabiam também a verdadeira história, muitos não acreditam, mas eu consigo ver o monumento naquele castelo até hoje." Termimando a história, o velho ancião olhava para as ruínas do antigo castelo, com um ar de esperança, eu e meu rival nos perguntávamos como nunca ninguém conseguiu achar aquele pássaro e como ninguém sabia daquela história tão fascinante.

Fomos para minha casa, e lá minha mãe ajudava a nós dois a intender a história, ela disse que nas outras histórias as pessoas falavam que esse pássaro era nosso símbolo da paz e aí eu e o rapaz já sabíamos oque procurar para ganhar a corrida, minha mãe mostrou os pássaros que tinha em casa de gerações antes da nossa, era um tipo de pardal branco, com as asas fechadas, como um cuco de relógio, tinha representações dele em cristal, pano, madeira, entre outros, mas sabíamos que o verdadeiro teria q ser em mármore seguindo a história do ancião. O rapaz disse que iria procurar no castelo e eu fui com ele. Chegando lá, só vimos muitos destroços e musgos do mar que invadia, olhei para o alto e vi o monumento, não tinha mais formato de cabeça, pelo que vimos, mas uma coisa me deixou curiosa, ela disse que entendia muito de física, "e se esse pássaro não estiver do jeito que pensamos?" Foi aí que eu subi ate o monumento, e lá no topo tinha um pequeno buraco, mas que dava para mim entrar lá e fui me enfiando cada vez mais, quando abri meus olhos vi que os raios da luz do sol refletiam dentro do monumento e formavam vários desenhos brilhantes, desci até o final e olhei através do buraco que entrei e aí notei que tinha algo pindurado apontando para baixo, e então começei a bater aonde a seta apontava e abriu um outro buraco aonde lá tive que entrar de ponta-cabeça e finalmente achei o pássaro de mármore, enroscado bem no fundo do olho direito da cabeça do monumento do comandante Juan, eme estiquei até alcançar e peguei, consegui sair de lá com a ajuda do rapaz e ele deu risada de mim por precisar dele. Fomos correndo até o príncipe e mostramos para ele que conseguimos achar o pássaro, e ele comprovou a veracidade dele. Ganhamos a corrida, meu rival e eu acabamos virando amigos, mas ainda não descobrimos quem seria o melhor entre nós dois (que é claro que fui eu não é? Mas tudo bem).

A celebração da coroação começou, fomos eleitos como guardas particulares e detetives da realeza, um cargo de muito valor, e a princesa ao lado de sua amiga foi coroada como rainha. Uma festa e tanto, porém eu e o meu novo amigo rival, ficamos se questionando oque aconteceria agora, será que a tal jovem rainha, vinda do espírito maior, nascida das flores das redondezas de nossos palácios voltaria?

E assim, aguardamos o seu retorno e guardamos o segredo entre apenas aqueles que sabem da real história do pássaro das ruínas do castelo do comandante Juan e sua amada.