Chapeuzinho Vermelho – minha versão dramática

Os seus longos cabelos desobedeceram à lei da gravidade. Em menos de um segundo, o que era pra estar embaixo, subiu. Fazendo inveja a qualquer marmanjo de plantão.

O queixo, esse sim, passou a obedecer obcecadamente à lei da gravidade.

As mãos tremiam mais que motor Toyota 88 em ponto morto.

A pele mudava de cor tal qual luz de boate. Em tons pálidos. É claro!

Foi vendo essa terrível transformação de Chapeuzinho Vermelho, que o lobo desistiu da sobremesa, passou mal e vomitou a vovozinha ainda viva.

E antes que chapeuzinho Vermelho tivesse outra aloprada reação saiu correndo a todo vapor.

Moral da história: se espantar com o horror pode espantá-lo. ACORDA BRASIL!

(Esse texto foi escrito na oficina literária de Ester Mambrine no 12º ENSECOM 2007. A idéia era produzir um texto narrativo partindo de outra história, que no caso foi Chapeuzinho Vermelho. Entre várias possibilidades como: B.O policial, texto jornalístico, entre outros, coube-me narrar no formato dramático. O nome da técnica é: tons narrativos.)

João Áquila
Enviado por João Áquila em 18/10/2007
Reeditado em 19/10/2007
Código do texto: T700199
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