EM BUSCA DA ESSÊNCIA DA VIDA: SABES TU ME RESPONDER, ONDE POSSO ENCONTRÁ-LA?

Um dia eu nasci e descobri que tinha idéias. Depois descobri que outras pessoas usavam minhas idéias, nunca me importei com isso, achava engraçado que vendessem minha forma de pensar como se fossem suas e de fato talvez tivessem se apropriado e usassem minhas próprias vestes, mas até então eu não era ainda pobre de Jô.

O mundo, redondo que é, foi dando voltas, e numa dessas voltas me vi na pior, sem nenhuma idéia, sem nenhuma roupa, tinha perdido a máscara que me vestia, agora precisava beber idéias alheias para não esquecer que havia nascido e que continuava vivendo.

Eu não era um vendedor de idéias, ou era? Se era eu um vendedor de idéias por que não tinha também o conforto que os outros adquiriram quando usavam o meu pensar? Por que não tinha eu a tal dignidade que eles adquiriram?

Bem, descobri que não era nem pobre e nem rico. Que não fazia parte da elite dissimulada e fingida e também não era suficientemente pobre para me situar na pobreza total que é plena da falta de idéias e grande da ganância da fina flor social.

Foi por essa época que me perdi de mim e até agora não me encontrei. Logo, resolvi sair à toa pela vida em busca de sua essência, entretanto, não sei o que é a essência da vida. Como sair à toa se ainda não sei o que buscar? Vou sentar e continuar pensando mais um pouco.

Afinal, o que é a essência da vida? Onde está essa essência? Por onde devo começar a procurar? Ela existirá realmente ou é apenas um frenesi meu?

Soliana Meneses
Enviado por Soliana Meneses em 01/11/2007
Reeditado em 01/11/2007
Código do texto: T719493
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