Literatura ao chão

Um dia eu tive um sonho, andando tranqüilo quando de repente eu entro em uma rua cheia de pessoas, pessoas por todas as partes sentadas, em pé, negras, brancas, estrangeiros. Eu não conseguia pisar ao chão e logo vi uma placa que me mandava tirar os sapatos, tirei e nessa rua havia literatura no chão.

Eu era capaz de ver vários livros, cordéis, jornais tudo no chão, como se fosse um lixo preservado, um material que podia ser pisados aos pés limpos e apreciado as mentes curiosas, e quanto mais eu andava observava as pessoas e as obras ali depositadas, tinha também uma espécie de guarda que tratava de não deixar o chão aparecer e incessantemente ele tapava os buracos das obras que as pessoas retiravam para ler, fiquei curioso, e resolvi tirar um livro, boa escolha – pensei; pequeno príncipe olhei para o buraco e vi uma multidão de pessoas, todas andando em círculos, como se estivessem perdidas, não entendi muito bem aquelas pessoas porem não dei importância ao caso.

Sentei-me e li as primeiras paginas, mas resolvi andar, aquela rua despertava um instinto curioso, e vi no chão, jogado como lixo obras de autores que iam desde o mais clássicos aos mais modernos, obras filosóficas, pré-socráticas, cordéis, periódicos, de tudo tinha naquela rua. Umas pessoas conversavam, outras se concentravam na sua leitura, e alguns eram como eu, um principiante curioso e por mais que eu andasse essa rua não se acabava ate que acordei daquele sonho e coloquei os pés no chão com dificuldade, também havia vários livros, de Paulo Coelho a Veríssimo, sendo que ao contrario da rua tinha menos livros e como na tal rua via literaturas ao chão, só não enxergava o chão, e me toquei que aquela bagunça era o meu quarto.

Manifesto a favor do acesso a cultura!!!

Devid Luna
Enviado por Devid Luna em 05/11/2007
Reeditado em 05/11/2007
Código do texto: T723905