Desencontro... final!
O Tejo seguia seu curso e a primavera nos brindava com sol. Mas eu tinha medo do frio.
Estavas sentada, parecias real. Toquei na sua pele e senti vida. Tentei te olhar mas não te vi.
Conversamos, tentamos estabelecer rumos a um entendimento perdido na energia que captava da emoção que faltava. Rimos, transparenciamos, bebemos um galão quentinho.
O mundo circulava ao nosso redor, pessoas iam e vinham. E eu estava ali, perdido. Não conseguia unir pontos, completar o desenho. Algo não fazia sentido. E por que tem de fazer? Por que a busca insana por entender os outros se ainda busco tanto me entender?
Num determinado momento levantei, levitei e fiquei observando aqueles dois conversando, rabiscando folhas de papel e colocando vivências em cima da mesa. Pobres vivíferos!
Mergulhei no rio! Fui enchê-lo com minhas lágrimas e secar a ansiedade. O frescor daquela densidade aquosa acalentou-me. Ainda por lá ando... precisando encontrar-me!