E TENHO DITO!  (BVIW)
 
Calma, Bety! Você conta ou eu conto? Deixa comigo. A conversa é sobre reclamação, pois não? Como estava pensando em dizer, uns reclamam pra lá, outros reclamam pra  cá, outros vão vivendo sem reclamar, apesar dos perigos. E Bety pergunta: você, como vive? Para falar a verdade, vivo observando as geleiras    enquanto elas se derretem e o mar cresce a minha vontade é de fazer poesia, influenciada que sou pela leitura de tempos idos, onde se dizia  que o mundo precisava mais de poesia do que de carvão  e  se o mundo tivesse que ser salvo, por certo o seria pelos poetas. Dito isto, Bety me censura citando Cícero com veemência, soltando o seu costumeiro...  Ó TEMPORA! Ó MORES!  E indagando: por acaso não sentes a decadência moral e o atentado contra o bem comum da sociedade em que vivemos? Cadê a sua indignação??? Ai eu peço: calma, Bety! Ainda não descobri um significado para a vida, estou pensando no que disse Albert Camus, que a vida será melhor vivida se não tiver significado, por enquanto estou deixando rolar, enquanto medito sobre o que deixou dito  Albert Einstein : “Só há duas maneiras de encarar a vida: a primeira  é vive-la  como se milagres não existissem. A segunda é vive-la  como se tudo fosse milagre”
Sabe, Bety, você já percebeu o quanto estamos  ligados ao que as pessoas dizem  e  escrevem e nem sempre ao que fazem? Não acha que seria mais lógico que nos preocupássemos  com o que deveriam fazer? Entendeu? Então, vamos fazer alguma coisa? Um café, por exemplo?
E tenho dito!  
 
                                                                                                                                                                 
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 18/05/2021
Reeditado em 18/05/2021
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