O dia sempre parecia lindo na Vila das Almas. As lindas flores coloridas, a grama verdinha, as frutas maduras nas árvores -  um mundo encantado enquanto se ouvia o canto melódico das cigarras.  Mariana sentia-se parte daquela natureza, e adorava passear nesse verde tão vivo onde desfrutava  seu momento de solidão.

Mas, a noite, quando 
 deitava a cabeça no travesseiro e era envolvida por aquele silencio, seus sonhos eram sempre os mesmos. O fantasma do futuro atacava seu quarto, e ela o chamava de árvore do terror. Seus cabelos transformavam-se em  galhos assustadores, com grandes garras, que envolviam seu cérebro com os mais terríveis pensamentos. 
Na manh
ã seguinte, descia de seu quarto para tomar café com o rosto cansado.
- Não dormiu bem minha filha?

- Aquela mesma árvore do terror, mãe!

Um dia conversando com Luciana, esta lhe perguntou se havia tentado meditação.
Que era uma forma m
ágica para limpar os pensamentos. Mariana era cética e não acreditava nessas coisas,  mas  tentou saber mais sobre isso.  Procurou várias técnicas online até que uma lhe caiu como uma luva. 

Na  hora de dormir, Mariana fechou os olhos e começou a fazer aquele relaxamento gostoso, obedecendo a uma voz suave, macia, que a fazia  sentir-se flutuando.
Notou que, em vez daqueles galhos aterrorizadores, nasciam flores de seus cabelos, flores coloridas que acalmavam sua alma.

Com a prática, aquelas flores foram brotando todas as noites, envolvendo seu cérebro com uma suavidade  como nunca havia sentido. A meditação transformou sua cabeça num jardim de flores e seus pesadelos  acabaram.
E a  
árvore do terror  ficou no passado, esperando outras cabeças para atormentar.

Tema: A  árvore do terror (Conto)

 
Mary Fioratti
Enviado por Mary Fioratti em 29/06/2021
Reeditado em 14/07/2021
Código do texto: T7289230
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