Dois de Novembro

2 de Novembro

Paulo Carvalhal

Ana Beatriz foi casada com Antônio Pedro, casamento que durou 10 anos e gerou dois filhos; Claudiane a mais velha e o caçula Alberto Fernando.

O casal era seguidores da doutrina espírita antes mesmo de se casarem. A filha hoje adulta nunca seguiu

os pais seu irmão sim, antes por ser levado, mas agora por escolha própria. A Claudiane não aceita o fato de

sua mãe e irmão não irem ao cemitério na data título como fazem a maioria das pessoas.

Entretanto, este questionamento é feito por muitas outras pessoas; uma vez que isso foi criado há vários anos e tornou-se tradição em muitas civilizações. No entanto, filha o que muitos não percebem ou fingem não perceberem que isto denota o sentimento inato de que “alguma coisa” sobrevive à morte da matéria, e exatamente para nós espíritas, essa coisa e ou o algo a mais que há com o fim da matéria (corpo físico) é o espírito.

E como as pessoas têm um livre arbítrio, e a perda de entes queridos mexe muito e de formas diferencia

das com as emoções e sentimentos destas e que para uma grande maioria nesta data ganha maior carga. Po

rém, para nós espíritas “essa perda” inexiste, o que há é uma separação momentânea causada pela exaustão da vida material, o que faz com que àqueles espíritos retornem ao seu ponto de origem. E não importando o lado, a vida prossegue.

-- Mas, mãe e a saudade? Eu tenho muita do pai.

-- Sim filha, a saudade dói. Contudo, o melhor mesmo é aceitar e ou entender que nascemos, nos desenvolvemos, pro e nos reproduzimos e morremos; essa é a regra ou ordem natural. Mas o luto é aceito

porém, nãonos deve impedir a caminhada.

Depois é possível receber notícias dos que partiram; digo por meio da psicografia e isso só pode ser possível através de trabalhos e estudos em Casa Espíritas idôneas que respeitam os preceitos da codificação e ainda assim há limitações.

Também há outra maneira; através da emancipação da alma; toda vez em adormecemos nossas almas se desprendem dos corpos e pode acontecer um encontro com o ente que passou pro outro lado, e ao despertar tenhamos esse encontro como um sonho. E pra deixar mais claro e creio encerrar o bate papo ; o que as pessoas acham nos túmulos de seus entes se estes lá foram depositados há meses, anos?

Algumas religiões dizem que “do pó viemos e ao pó retornaremos”, não é?

Então o que devemos mesmo é nos lembramos dos momentos felizes que tivemos com ele(s). Por isso, saibamos aproveitar o melhor possível nossa convivência com todos e especialmente com os que nos são caros, depois, toda (as) a (s) vez (es) em que emanarmos através do pensamento, orações, eles sentirão as vibrações e isso podemos fazer em qualquer lugar, dia ou hora. E como em muitos casos só feitos na data título.

Paulo Carvalhal
Enviado por Paulo Carvalhal em 02/11/2021
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