CÉU ESCURO, NUVENS DENSAS(BVIW)

 

A noite caindo e era de breu, sem lua e sem estrelas  e eu a observá-la. Pensei em mistérios... Mistérios que por medo da verdade viverei e morrerei sem conhecê-los. O barulho do vento     era irritante, o que não me permitia conciliar o sono. Levantei e fui até a varanda, nela,  deixada  por esquecimento uma rede armada, a quem eu atribuía a condição de uma guardadora de sonhos, de pensamentos desconexos, de fantasmas, que se aproveitam das sombras da noite para tentar desvendar os meus segredos .

Céu escuro, nuvens densas, chuva fina e eu querendo me fazer poeta, poeta feito   Jorge Fernandes,  de  escrever    poemas parnasiano, versos metrificados, rimas  contadinhas nos dedos... Rimando amor com dor; maldade com saudade; c’est fini com não estás mais aqui...

 

 

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 12/04/2022
Reeditado em 12/04/2022
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