Uma Cidade de Putas

Era uma vez, uma cidade que era um puteiro, porque, literalmente, a cidade era de putas.

Cada bairro, cada rua, cada esquina, cada quarteirão tinha um puteiro.

Tinha os bairros dos puteiros das putas bonitas, das putas feias , das putas novas, das putas velhas , das putas doentes, das putas sadias,das putas gordas,das putas magras, das putas caras e também das putas baratas e assim por diante,por aí vai.

As doenças, se sobressaíam, nessa cidade,quem não se prevenia, contraia infecções sexualmente transmissíveis.

Essa cidade, já existia, há muitos e muitos anos e quem a havia fundado tinha sido uma cafetina libertina chamada: Cristina e todos diziam que ela era boa de rima.

Essa Cidade de Putas, ficava no interior do estado de São Paulo e era conhecida em todo o Brasil e até no mundo.

Todos os homens,sejam bonitos ou feios , solteiros ou casados, ricos ou pobres, seja lá quem for,fosse quem fosse, se, a pessoa tivesse no tesão, no desejo sexual de transar ia nessa cidade para matar a vontade, bastava ver uma puta dando brecha na rua para levá-la para o puteiro a um motel ou ir diretamente a um puteiro da escolha do cliente.

Até mesmo, os homens da lei frequentavam, os bordéis,como por exemplo: Os juízes,os policiais, os políticos que roubavam o dinheiro do povo para gastar na zona.

Os promotores de justiça, os advogados, essa cidade nunca seria extinta, porque, as pessoas que tinham o poder de acabar com a prostituição dessa cidade a apoiavam e a mantinham.

Porque, muitos diziam, afinal de contas,a prostituição é a profissão mais antiga do mundo, desde a época de Jesus Cristo de Nazaré.

Nessa cidade, se havia ou não exploração da prostituição,não se sabia, o que se sabia de fato é que ela existia e era famosa,desde, séculos então.

Muitos pais de família levavam seus filhos para começarem a vida sexual e perderem a virgindade nos prostíbulos no antro da prostituição mesmo em questão.

Essa cidade não era tão perigosa vira e mexe, uma vez ou outra, ocorria alguns assassinatos, alguns furtos e roubos, mas era comum, tratando-se de uma cidade, sobretudo uma cidade, onde, só, se havia puteiros.

Essa cidade funcionava o dia inteiro,a semana inteira, o mês inteiro, o ano inteiro, afinal,para muitos a prostituição não podia nem pode parar.

Um dia, aconteceu de um padre que acabou desrespeitando a posição religiosa de sua igreja nessa cidade, quando, uma puta,se apaixonou por ele e até o padre caiu em tentação e nem ligou para seu celibato e acabou pecando perdendo sua virgindade com ela como sendo a puta mais linda de toda a cidade de putas.

Mas, quando, sabe-se Deus como?Alguém acabou descobrindo sua falha, com certeza, pelo fato da puta ter dado com a língua nos dentes.

E o padre acabou perdendo seu cargo na principal igreja da cidade das putas.

E de raiva, não só por aquela puta com quem ele teve um caso, mas também , em relação a todas as demais.

Ele decidiu escrever uma carta para o prefeito da cidade exigindo em nome da igreja e de Deus que todos os puteiros fossem fechados e aquela cidade de putas deixasse de existir.

E o prefeito, após ter recebido sua carta lamentou o fato e disse que não que sua cidade era turística e famosa por seus passatempos carnais.

O prefeito lhe perguntou: Você está louco?

Eu jamais decretarei o fechamento de todos os bordéis de minha cidade, só eu bato cartão neles frequentemente.

Quando, a exigência de sua carta foi negada, o padre entrou em depressão por haver pecado contra Deus e ele comprou um revólver no mercado clandestino, abriu sua boca , apontou sua arma de fogo contra si mesmo e efetuou um disparo bem no fundo de sua garganta e sendo assim, cometeu suicídio,tudo isso, enquanto, a prostituição, nessa cidade de putas e de puteiros, rolava à solta, desde sempre.

Autor: Wilhans Lima Mickosz

Wilhans Mickosz
Enviado por Wilhans Mickosz em 22/04/2022
Reeditado em 23/04/2022
Código do texto: T7500789
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