SAUDADES DO MEU SERTÃO

Sou cabra da peste

matuto criado na roça

como como fartura depois da oração

isso é mandamento do CRIADOR

sou guerreiro de mão grossa

e um amante do sertão

sou caipira, minha nossa

ainda ando de pé no chão.

pa num perdê o jeito da roça

mas carço a butina na ida pro aparadão

no machado sô sacudido que só vendo

mas na foice não sou muito bão

gosto memo é di ver o gado

montado no meu alazão.

mosquitos espanto ca fumaça do meu pito

nas noites escuras la na roça

aclareio cum lampião.

aqui o sor amóita mais cedo por

de trás dum arvoredo

é um mistério danado que eu num sei não

mais da noite não tenho medo

tô memo cansado ca lida

durmo iguar uma criança

nos braço da solidão.

Mr.Castilho