ALGUEM TEM MEU SANGUE

Decorrido um pouco mais de sete décadas da minha vida, fui me deparar com um assunto capaz de deixar qualquer pessoa embobada.

Eu já tinha vivido o suficiente para não ter nenhuma novidade desconhecida a ser narrada ou discutida no nível do referido caso que aqui será mencionado.

O tal assunto ganhou uma notória repercussão familiar, onde uns acreditavam e diziam sim, já outros, apontando na sinceridade e na idoneidade, ficavam com o não. E tudo se dirigia num clima tal como se ver ocorrer nas disputa a serem vencidas ou derrotadas. Mas por razões de conhecimento de trechos da história que não me suscitaram duvidas nem incertezas, particularmente preferi ficar entre os adeptos dos sins e acatei o resultado mesmo sem prova cabal.

O assunto que, aqui, até o presente momento ficou omisso, trata-se do aparecimento de uma minha irmã paternal que estava desconhecida pelos seus cinco irmãos ora existentes.

Depois dos relatos da sua existência passei a me lembrar de momentos que presenciei em discussões entre nosso pai e minha mãe, onde o ponto de vista principal estava correlacionado a ciúmes. E foi entre o dito ciúme que, no início de 1970 nasceu uma menina chamada Helena. A partir dai, conta-se mais de cinquenta e tantos anos que transcorreram sem que nós pudéssemos ter uma palavra, um abraço, um sorriso e nada mais.

O surgimento de Helena foi para mim o melhor presente recebido em janeiro de 2023, quando lá estava eu no aeroporto de Guarulhos-SP, onde pudemos nos abraçar irmanamente felizes.

Foi um dos mais bonitos momentos que vivi.

Obrigado por existirmos.

José Pedreira da Cruz
Enviado por José Pedreira da Cruz em 29/04/2023
Reeditado em 08/05/2023
Código do texto: T7775770
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