O EMPREENDEDOR ESPECIAL – PRIMEIRA PARTE

Prólogo

“O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”. – (Henrique Fernando).

EM BOA VISTA – PARAÍBA

Na cidade de Boa Vista, PB, eu conheci um empreendedor especial. Para quem não sabe Boa Vista está localizada a cerca de 50km da cidade de Campina Grande, PB, e a 170 km de João Pessoa – capital do estado. Boa Vista está localizada na microrregião de Campina Grande, no Cariri paraibano. – (Nota deste Autor).

COMO CONHECI O EMPREENDEDOR ESPECIAL

Nesse final de abril próximo passado comemorou-se o aniversário do Município de Boa Vista, PB. Fui convidado, participei dos festejos e durante as comemorações conheci o empreendedor Henrique Fernando de Almeida.

Trata-se, o senhor Henrique Fernando, de um pecuarista da região, é um homem discreto, tímido e educado. Ao perguntar ao empreendedor o porquê de residir em uma cidade tão pequena ele me respondeu com um sorriso franco:

“É nos pequenos frascos que estão os melhores perfumes, mas eu não moro em Boa Vista. Minha residência principal é em Campina Grande, PB.”. – Disse Henrique.

Falou ainda o senhor discreto e educado: “O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.” – Concluiu.

Será que o Dr. Henrique queria demonstrar que era um sábio, talvez com inteligência acima da média? Duvido. Do seu rosto glabro emergia uma paz contagiante. Percebi que todos os convidados ao evento se dirigiam até ele para cumprimentá-lo.

Estaria eu diante de alguém especial? Alguma autoridade? Talvez intelectual ou pessoa muito rica? Na dúvida resolvi analisar (perscrutar) mais um pouco. Fiz isso me aproximando dos demais convidados presentes à festa.

A JOVEM ACOMPANHANTE DO SENHOR HENRIQUE

Cecília conduzia uma máquina fotográfica Canon 80d e registrava o evento com bastante vivacidade. Vez por outra aproximava-se do senhor Henrique e lhe dizia algo ao ouvido provocando um sorriso maroto no ouvinte atencioso.

A linda moça era a filha mais nova do homem que, embora não demonstrasse, parecia ser o dono da festa. Isso mesmo: Cecília era filha do senhor Henrique Fernando.

Soube disso depois que a cumprimentei e lhe perguntei se ela era jornalista e quem era o senhor de camisa verde-musgo. – “Ah! Ele é o meu pai Henrique”. – Respondeu a moça de cabelos longos vestindo um traje de caxemira versátil, moderno e elegante, talvez da ZARA Argentina.

COMO ENTREVISTAR UMA PESSOA IMPORTANTE

Li em algum blog que para entrevistar uma pessoa famosa, é preciso saber um pouco mais sobre a vida do entrevistado. Esse conhecimento ajudará a conduzir a entrevista com tranquilidade e segurança!

Pensando nisso fui à luta e busquei saber o máximo possível sobre o senhor a quem todos na festa o reverenciava com afável sorriso. No dia seguinte, se fosse possível, tentaria entrevistar o senhor Henrique Fernando de Almeida.

O DIA DA ENTREVISTA – NA ÁREA DA PISCINA

Posso resumir dizendo que, ao conversar com os comensais, durante a festa, aprendi muito sobre o senhor Henrique, mas como solicitar uma entrevista com alguém tão especial igual a ele?

Já sei! Perguntaria diretamente e de supetão: “Não sou jornalista, mas gostaria muito de saber o que o senhor fez para ser tão importante como pessoa?”. – Se ele fosse vaidoso certamente eu obteria a tão desejada entrevista. E pelo que eu sei todo ser humano é vaidoso em maior ou menor grau. Ledo engano. Henrique era desprovido de vaidades.

O sol estava, como sempre esteve, quente, muito quente. Em volta da piscina havia pessoas tomando seus drinques e conversando. Vislumbrei o senhor Henrique e sua linda filha Cecília.

Aproximei-me. Ele lia um livro e ela uma revista de modas. Ambos deixaram suas leituras de lado para me cumprimentarem alegres e corteses. Nessa ocasião eu me senti importante.

– Faça-nos companhia. – Disse a moça linda sorridente.

– Sim. Tome um café conosco. – Anuiu o senhor Henrique não menos cortês.

De soslaio vi o título do livro que o senhor Henrique lia. Tratava-se de um drama homônimo de Zíbia Gasparetto que versa sobre relacionamentos tóxicos. Eu já havia lido e recomendo, com louvor, a leitura desse drama.

– Não quero atrapalhar, pois vejo que estão lendo e interagindo com suas ideias afins. – Menti. Eu queria era fazer umas perguntas ao senhor Henrique.

– Não atrapalha e não temos ideias semelhantes. A Cecília, em muitos momentos, tem outros interesses diferentes dos meus. Por favor. Acompanhe-nos. – Tive a estranha sensação de que ambos, pai e filha, estavam exagerando na educação. Não. Não podia ser. Eles eram gente fina e especiais.

– Não sou jornalista, mas gostaria muito de saber o que o senhor fez para ser tão importante como pessoa? – Com um leve sinal emitido, pelo olhar, parecia que o pai houvera dito: “Deixe-nos à sós Cecília!”.

Neste momento a moça Cecília se afastou para ir ao encontro de um rapaz recém-chegado.

Observação oportuna: Este conto terá continuidade, com a finalização, na SEGUNDA PARTE.

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