Conto 2

Há muitos, muitos anos havia um reino forte e poderoso que controlava oito reinos subordinados ao próprio império. Na província leste, onde ficava de passagem para o Mar Poente, vivia um vigarista que lucrava dinheiro sobre as pessoas ingênuas sobre a sua capacidade maquiavélica em ludibriar graças a convincente lábia. Tinha uma linda esposa que auxiliava nos trambiques, fazendo tecelagem de roupas, chapéus de feno, tapetes e panos.O patife vendia os tecidos como se fossem produtos mágicos, dizendo que quem compra-se qualquer uma das suas mercadorias, receberia poderes divinos ou transcendentais a transformar os compradores em seres com poderes extraordinários . Eis o absurdo dos diferentes nomes dados aos produtos: As mulheres poderia comprar o Vestido da beleza, que segundo o vendedor trapaceiro daria aparência agradável as mulheres consideradas medianas e feias,enquanto os homens poderiam obter sabedoria usando os chapéus nomeados falsamente "chapéus inteligentes", prometendo dar aos detentores extrema inteligência. Certo dia após ter vendido todos os produtos, conseguindo obter exorbitante lucro em seu negócio, voltou para casa carregando consigo mesmo a satisfação de ter adquirido dinheiro através das custas de indivíduos nada esclarecidos sobre sua artimanha gananciosa. Prestes a chegar a porta da casa ao anoitecer, gabou-se da própria esperteza, dizendo que até mesmo a morte seria enganada por sua sagacidade. Coincidentemente, a morte andava invisível na mesma rua em que o trapaceiro morava. A entidade não gostou nada da piada, considerando uma ofensa contra si. Furiosa, decidiu se vingar daquele cafajeste elaborando um estratagema mortífero: Três dias após o ocorrido,disfarçou-se de um nobre fidalgo, trajando roupas finas, calçando sapato de couro revestido a cor prata e tendo na mão esquerda específico anel cravejado com uma pequena jade. Na outra mão carregava o saquitel contendo algumas moedas . Nesse disfarce, a Morte se dirigiu ao farsante vendedor , que estava na sua barraca. Sem rodeios disse que pretendia doar um pouco da renda alta para pessoas consideradas por ele pessoas consideradas esforçadas no diligente trabalho. O vendedor foi contemplado; No início o trambiqueiro desconfiou, porém, o fidalgo influenciou de modo tão agradável ao ouvido do vigarista, que o mesmo cedeu a proposta tentadora. "Te peguei,glutão ganancioso" Falou pensativamente a morte enquanto levava numa saca de lã o restante dos produtos ainda não vendidos, deixando o gordo troco de lado. Antes de ir embora, o fidalgo fez o homem prometer não abrir o pequeno saco contendo o valioso pagamento antes do pôr-do-sol. Embora acha-se estranho o perdido daquele ilustre cavalheiro, disse concorda sobre em aceitar a estranha orientação. Logo a morte saiu, deixando o infame só, que mal resistindo a tentação, quis abrir o saquitel para verificar o valioso pagamento, porém percebeu depois quão teve má ideia de satisfazer a curiosidade, pois ao abrir o pequeno saco não viu nenhum dinheiro, e sim a cabeça escamosa cinzenta de aspecto triangular de uma serpente, revelando olhos amarelos vivos. Sem demorar, o réptil cravou as presas venenosas no pulso da vítima. O resultado foi que o infame tombou de costas contra o chão, perdendo a vida. Definitivamente a morte riu por último. Já a viúva não viveu muito tempo sozinha, pois recebeu a proposta de casamento do influente prefeito da cidade, indo morar junto ao político numa luxuosa mansão.

Matheus Salomão
Enviado por Matheus Salomão em 07/08/2023
Reeditado em 07/08/2023
Código do texto: T7855778
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