Amor distante
Obs.: Os versos, marcados com um asterisco, são da música When you are gone de Avril Lavigne
Eu sempre preciso de tempo para mim mesma
Eu nunca imaginei que eu precisaria de você
Quando eu choro
E os dias parecem como anos
Quando eu estou sozinha
E a cama onde você deita
Está arrumada do seu lado*
Manhã de 25 de Dezembro. Sem fazer barulho, olho em todos os cômodos da minha casa. Sala, quartos, varanda, olho mesmo em alguns cantinhos da casa, talvez você estivesse ali, me preparando uma surpresa. A realidade então se impõe.
Tolo, pensei que não acreditasse em Papai Noel desde os sete anos de idade. É claro que um desejo que você aparecesse assim, em um passe de mágica, não se realizaria. O mundo tem suas próprias leis. O destino já está escrito. E nada pode mudá-lo.
Quando você vai embora
Eu conto os passos que você dá
Você vê o quanto eu preciso de você agora?
Quando você está longe
Os pedaços do meu coração sentem a sua falta
Quando você está longe
O rosto que eu conhecia está perdido também
Quando você está longe
As palavras que preciso ouvir para eu sempre conseguir ir adiante com o dia
E fazer tudo estar bem...
Eu sinto a sua falta*
Nada mesmo? Por que tem que ser assim? Então, por que te conheci? Por que raios eu encontrei aquele poema com seu e-mail e trocamos cartas e mensagens? Eu escuto aquela música que você me enviou várias e várias vezes e também sinto que meu coração grita de dor por você estar longe. Não! Não! Não! Tem que existir uma maneira de vencer essas regras tolas. O Destino é um velho rabugento que não entende o que sinto, não pode dizer o que vou e o que não vou fazer.
Nós somos feito um para o outro
Agora e sempre
Eu sei que seremos
Yeah yeah
Tudo que eu sempre quis foi você saber
Que tudo o que eu faço dou meu coração e minha alma
Eu acho difícil até respirar
Eu preciso te ouvir aqui comigo
Yeah
Quando você está longe
Os pedaços do meu coração sentem a sua falta
Quando você está longe
O rosto que eu conhecia está perdido também
Quando você está longe
As palavras que preciso ouvir para eu sempre conseguir ir adiante com o dia
E fazer tudo estar bem
Eu sinto a sua falta*
Eu te amo, poetisa. E é isso que importa. Não vou deixar nada nos atrapalhar. Sabe, conversando aqui com meus botões me lembrei de uma velha história. Dizem que há muito tempo atrás todos os sentimentos tinham como monarca a Tristeza. Ela ajudada pela Solidão resolveu atacar toda a humanidade. Os seres humanos começaram, então, a definhar. Inspirados pela Tristeza, eles passavam horas chorando suas dores e, graças à Solidão, não escutavam as lamúrias dos que estavam a sua volta. Foi então que o Amor, o mais sapeca e revolucionário dos sentimentos, criou uma arma contra a ditadura daquela maldosa Rainha. Ele inventou a poesia, assim um poderia compreender novamente o outro. Os homens se uniram então para superar suas aflições e o Afeto, Carinho, a Ternura voltaram a florescer. A Tristeza e a Solidão perderam sua realeza e quando tentam atacar novamente são duramente repelidas pelo Amor, agora regente do mundo.
Eu sou um tolo, não? Como pude duvidar por um momento que não poderíamos vencer distância, solidão, ou qualquer outra dificuldade. Se o Destino acha que temos que viver separados que se dane. Eu te amo e nada mais interessa.