"Contra o Aborto" = Baseada em muitos fatos reais e cotidianos=
Durante os seis primeiros meses, com muito sacrifício, usando roupas cada vez mais apertadas, Míriam conseguiu esconder dos pais a gravidez. Quando viu que não havia mais jeito, fugiu de casa. Refugiou-se na casa das amigas e ia mudando de endereço a cada vez que lhe sugeriam que desse o fora.
- Porque você não fez um aborto, carinha?
- Tenho pavor dessa coisa, baby. Mó medo de morrer fazendo isso.
- E como é que vai sustentar a criança?
- Não tenho a menor idéia.
Tinha uma idéia sim. Uma idéia bem simples para colocar em prática. Assim que a criança nasceu ela a abandonou na portaria de um belo prédio que pensava ser de apartamentos.
- Se Deus quiser um ricaço encontra o menino e cuida dele pra mim.
Era um prédio público luxuoso o local onde ela deixara o recém-nascido. Algum tempo depois, meia hora talvez, uma faxineira viu o pequeno embrulho e o pegou.
- Que sorte a minha!! A Valdirene está doida pra comprar um neném pra ajudar na esmola. Vou passar nos cobres esse moleque.
Valdirene comprou a criança, ganhou muita esmola com ela, morreu atropelada, deixou-a de herança para a mendiga mais próxima, e o menino foi crescendo e passando de mão em mão até seus doze anos. Aos doze anos matou com uma facada seu novo “protetor” e decidiu que era hora de ganhar a vida por sua própria conta.
Começou sua carreira solo matando mendigos e roubando as esmolas que haviam ganho. Sabia sempre a quem matar para roubar e os momentos em que os encontraria com dinheiro.
Quando o desejo sexual começou a se tornar indomável, quando começou a deitar e acordar sentindo seu membro intumescido, resolveu que passaria não apenas a roubar e matar, mas antes estupraria suas vítimas.
Um dia Miriam, agora uma linda mulher de trinta e dois anos, estava no ponto do ônibus quando um rapazinho aproximou-se dela e disse em uma de suas orelhas:
- Vagabunda, estou com uma arma apontada pro seu rabo. Se não em acompanhar até aquele mato ali na frente, tá morta.
Miriam não hesitou em obedecer. Seguiu o menino até o meio do mato, despiu-se quando ele ordenou que o fizesse, praticou nele o sexo oral até que ele mandasse que ela parasse e se virasse de costas, agüentou sem reagir ou resmungar ao violento sexo anal, enfim, tolerou todos os abusos rezando para não engravidar. Tinha pavor de aborto.
Saciado, o pequeno monstro achou que seria divertido matá-la devagar. De preferência a pontapés e coronhadas. E assim o fez.
No dia seguinte a “Diário Popular” anunciava a morte por espancamento, após estupro, de uma jovem senhora de aproximadamente trinta anos e grávida de mais ou menos um mês.