Solidão

Solidão (09/10/2004)

O silêncio, uma calma que não me acalma

Me invade nos momentos de depressão

quando estou só, largada

Ninguém me nota, ninguém sabe que eu existo

Permaneço estática, com a angústia em mim

Uma terrível dor penetra meu coração

Vou sentindo a destruição me possuindo

Sinto que algo me corrói por dentro

Vou atrofiando aos poucos nos momentos de solidão

Tudo está vago, perdido

Isto permanece em mim por toda vida

Acabando comigo, me maltratando

Isso só vai passar se eu morrer

ou simplesmente acabar com quem me machuca

Muitos me machucam, mas não são essas pessoas

que me fazem sofrer; o jeito é morrer.

Não dá mais para voltar atrás

A overdose de incompreensão toma conta de mim

e me silencia o peito.

De repente uma paz me invade

Um momento de serenidade aparece

Será que agora perceberão que existo?

Não! Porque?

Porque agora estou morta

O pior: estou só!

Lupt
Enviado por Lupt em 08/01/2006
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