E a graça de Maria é recebida...

A GRAÇA DE MARIA É RECEBIDA...

“Considerai bem o que ouvis!” (Mc 4,24 a).

Uma nova história...

Ariana Maria estava sentada no banco do jardim que fizera junto com sua mãe, para a Mãezinha do Céu, Maria Santíssima, quando escuta uma voz suave e muito bela...

_ Bom dia meu raiozinho de sol! A paz do Senhor ao seu coração e para sua família!

_ Mãezinha do Céu! Você voltou?!

_ Nunca deixei de estar ao seu lado! Fico sempre cuidando de você e de toda sua família! E isso em silêncio! – ri Nossa Senhora.

_ Sabia que já fiz seis anos?

_ Eu sei! E no dia do seu aniversário, vim lhe dar um beijo e você já estava dormindo!

_ Bem que mamãe me perguntou se eu havia passado perfume de rosas! Pois meu quarto estava cheinho do cheirinho de rosas!

Nossa Senhora solta uma gargalhada gostosa e suave.

_ É que, aonde vou, fica sempre um pouco de perfume de rosas!

_ Mãezinha do Céu, por que veio aqui hoje?

_ Vim lhe contar uma história!

_ Que bom! Adoro quando vem me contar histórias, suas histórias são sempre tão lindas! E que história será a de hoje?

Nossa Senhora senta-se no banco e coloca a menina em seu colo.

_ Você sabe que dia é hoje?

_ Sei sim! Mamãe me disse que hoje é sexta-feira da paixão, o dia que Jesus Cristo morre na cruz para nos salvar de nossos pecados!

_ Há muito e muito tempo atrás, meu Filho Jesus Cristo, começou a falar do Pai do Céu! Ele falava do grande amor de Deus por cada pessoa e como as pessoas deviam amar a Deus sobre todas as coisas, como deviam amar ao próximo e a si mesmas. E como deveriam viver este amor...

_ Só que as pessoas não aprenderam não é Mãezinha do Céu?

_ Não mesmo meu raiozinho de sol! Meu Filho escolheu doze rapazes para ajudá-lo a falar deste amor e a demonstrar o poder do amor que Deus havia dado a Ele, fazendo milagres. Eles o ajudavam a curar as pessoas, a fazer com que as pessoas conhecessem a Deus e a amá-lo!

_ Eram os discípulos não é?

_ Era sim! Ou então apóstolos! Só que entre os doze, havia um que iria trair meu Filho! Judas Iscariotes. E como meu Filho veio para salvar o mundo e salvá-lo do seu pecado, Ele deixou que tudo isso acontecesse.

_ Que triste não é Mãezinha? Por nossa causa, Ele sofreu muito e morreu!

_ É verdade meu raiozinho de sol! E o pior de tudo, é que têm muitas pessoas que ainda não acreditam neste amor que meu Filho tem por cada um e continuam a fazer maldades com as pessoas e não ajudam a ninguém!

_ Puxa Mãezinha do Céu! Papai do Céu teve muito amor por nós não é mesmo!? Ele deu seu único Filho para morrer por nossos pecados! Só tendo um grande amor não é mesmo?

_ É verdade, foi muito amor que Deus teve por cada um de nós! Depois da última ceia com seus discípulos, Ele foi orar e conversar com o Pai do Céu!

_ Mamãe me disse que Ele sofreu tanto, que suas gotinhas de suor se transformaram em sangue!

_ E foi isso mesmo raiozinho de sol!

_ Os soldados e todo o povo, O maltrataram muito, não é mesmo?

_ É meu docinho! Ele morreu para salvar a todos e as pessoas ainda não entendem e não fazem nada para mudar! E é por isso, que todos os anos, devemos reviver cada passo dessa paixão, porque depois de Sua morte Ele ressuscitou! Ele venceu a morte!

_ Para lembrarmos?

_ Lembrar e tentar mudar a nossa vida! Ter a chance de fazer de nosso coração a melhor moradia para Ele!

_ Mãezinha do Céu, se Ele sofreu tanto por nós, por que tem tanta gente que ainda fica fazendo maldades?

_ Porque não deixaram que Ele entrasse em seus corações! Não deixaram que o amor do Papai do Céu fizesse moradia em suas vidas.

_ O que posso fazer para ajudar o Papai do Céu?

_ Ah raiozinho de sol, é continuar amando o Papai do Céu de seu coração e fazendo coisas boas, obedecendo ao papai e a mamãe, não brigando com seus amiguinhos, falando muito do amor do Pai do Céu, ajudando aos outros, indo à Missa com seu pai e seu mãe, fazendo suas orações todas as noites antes de dormir por todos no mundo, entregando todos ao Coração de meu Filho e ao meu Coração!

_ Mãezinha do Céu, e o seu jardim?

_ Cada dia com mais rosas! E tem uma roseira só sua, que está toda florida!

_ Puxa, então eu não fui tão má assim não é?

_ Claro que não!

_ O meu jardim é que não está tão bonito, está feio! Acho que não vai gostar dele!

_ Claro que vou! Agora vou cantar uma música para você!

E com a voz linda e suave, Maria começa cantar para Ariana Maria, embalando-a no colo maternal.

_ Ariana Maria?

Ana, a mãe da menina que já a procurava há alguns minutos, finalmente a encontra adormecida no banco do jardim. Enquanto tenta acordá-la, olha o jardim e pára surpresa e maravilhada, e então finalmente acorda a filha.

_ Mamãe, sonhei de novo com a Mãezinha do Céu!

_ Acho que novamente não foi um sonho não! Meu lindo raiozinho de sol!

A menina começa a rir e fala:

_ Ela me chama assim também! De raiozinho de sol!

_ Que bom! – abraçando a filha ela fala – Olhe o seu jardim raiozinho de sol!

Ariana Maria olha o jardim e fica de boca aberta.

_ Está igual ao jardim da Mamãe do Céu!

As roas estavam desabrochadas, a grama verdinha, parecia um tapete macio e as borboletas coloridas enfeitavam ainda mais, voando por entre as rosas.

_ Mamãe, olha o que Ela deixou!

Ana pega o terço de madeira das mãos da filha, e sente que ele exalava um suave aroma de rosas.

Com os olhos marejados de lágrimas, ela pergunta:

_ É para mim raiozinho de sol?

_ Claro né mamãe! E é para rezarmos juntos! Eu, você, o papai e a minha irmãzinha!

_ Que irmãzinha!?

_ É sim! A que está em sua barriga!

Ana sorri e agradece a deus a graça recebida... Pedira tanto a Ele para ser mãe de novo!

_ Venha meu raiozinho de sol! Vamos contar ao papai e agradecer a Deus!

_ Oba!

Ariana Maria olha o jardim novamente e pergunta no silêncio de seu coração...

_ Mãezinha do Céu, quando teremos uma nova aventura de novo?

A menina escuta a bela voz:

_ Breve meu raiozinho de sol! Muito breve!

Ana e Ariana sentem uma suave brisa gostosa em seus rostos e o aroma de rosas invade o lugar.

_ É Ela mamãe!

_ É sim meu raiozinho de sol! – Ana ri abraçando a filha, com o coração leve ante a presença de Nossa Senhora.