Peripécias do nenê

Vila Ramos, Franco da Rocha, aos quatorze, quinze anos, sempre fui perseguido pelas artimanhas do destino, quando inocente navegava em águas rasas sem saber o que queria; pela cidade moças andavam abraçadas desfilando aos sábados e domingos na praça do pequeno centro de Franco da Rocha, antigo Juquery, anteriormente chamada, Parada do Feijão; na ocasião havia certo respeito, namoro era coisa séria, porém haviam muitas traquinagens entre a molecada da época.

Foi nesse tempo quando conhecí a filha de Antonio Rodriguez, magra, morena, cativante e de tenra idade também; enamorei-me dela com a melhor das intenções, mas que dilema, cada vez que a acompanhava até o sítio de seu pai, a molecada do bairro ficava enciumada, se camuflava no caminho rodeado de matagal, jogando pedras, bolas de estrume de cavalo, fezes frescas de vaca e tudo mais para me afastar da pretendida.

O prazer de estar com a menina a princípio me satisfazia, mas os ataques foram demasiados, que de tanta merda acrescentada eu me ofendí e fedí tanto que o amor a essa beleza desmoronou, findando nosso relacionamento.