Recanto

Quanto tempo se passou... As ruas já não são mais as mesmas. Até o porteiro do prédio se mudou... Os vizinhos são outros. O bairro tem outro aspecto, outro cheiro. As árvores cresceram, as fachadas mudaram de cor... O tempo. Ah! O tempo! Lembro-me das nossas brincadeiras na calçada, das vezes que te ofereci margaridas ‘roubadas’ do jardim de Dona Amélia... Será que ela ainda vive? Penso em você menina, moça, hoje mulher... Será que pensas em mim? Será que se recorda da nossa convivência de outrora?

Talvez tenha se casado, tenha filhos, marido presente... Será?!

Eu aqui com as minhas indagações... Louco pra te ver de novo.

Meu amor por ti continua vivo. Antes não tive coragem de dizer e agora... O tempo... Ah! O Tempo... Me trás de volta ao nosso recanto... Ao nosso mundo real... Onde estará você? Que não me ouve, que não me vê...