Um turbilhão de coisas

"É tanta intensidade tudo o que fizemos, que não sei onde e como nos perdemos."

Não, não é isso.

"A melhor coisa que pode haver na vida de qualquer ser humano, depois de pai e mãe, são os amigos."

Não. Também não é isso.

"É uma confusão de pensamentos e sentimentos que guardo dentro de mim, que não sei por onde começar."

Realmente, não sei por onde começar, mas ainda não é isso.

"É chegado o momento da contagem regressiva. Para tudo! Estabilidade, família, fertilidade..."

Honestamente? Desisto! Ainda não é isso.

São tantas as palavras, são tantas as emoções, são tantos os sentimentos, as frustrações, as ilusões, as realizações, os complementos, que vem aquela necessidade súbita de transformar tudo em letras, que juntas formariam um único sentimento e traduziriam o que sou e/ou estou, mas infelizmente não consigo.

Não encontro o alinhamento correto para o meu próprio pensamento.

Hoje li uma frase de Nietzche em que diz " Mesmo ao escritor mais honesto, escapa uma palavra a mais, quando quer arredondar um período."

Talvez seja justamente esta palavra que esteja me faltando agora. A palavra ideal, a palavra correta para dizer que, hoje, sou e estou (n)um turbilhão de coisas a procura de minha calmaria, de minha paz.