A DANÇA

Aqui estou eu, longe de tudo... Novamente com o pé na estrada. Já fui aos quatro cantos da Terra, sempre em busca de alguma resposta para minhas intermináveis perguntas.

Em uma dessas paradas conheci uma garota... Uma garota especial. Sem querer eu me apaixonei. Conhece-la foi como o sol... Perde-la foi o eclipse. A história é mais ou menos assim.

Desci do ônibus que levava para Aalborg, Dimanarca e fui almoçar na cidade. O destino fez com que Stephanie fosse minha guia... Sua pele era branca, seus olhos azuis e seus cabelos castanhos. Ela era uma beleza...

Não havia nada programado, mas o que era para ser apenas um almoço tornou-se semanas. Ela me levava em lugares incríveis. Fui ao alto do Fysck, onde dizem ser um lugar sagrado dos Vikings, e quando a noite caía ela me levava para as discotecas.

Sabia que Stephanie era diferente e que eu não podia fazer aquilo, mas fiz.

O amor nunca me fora estranho, até aquele momento. Na minha vida houve corações partidos, mas nunca como agora.

Eu a convidei para sairmos. Fomos até o The Black Raven para dançarmos. Ela estava linda com seu vestido amarelo. Me senti inseguro quando peguei sua mão e guiei até a pista de dança. Enquanto a música rolava eu vi algo em seus olhos. Parecia que ela desconfiava de algo... Sem conseguir me conter eu a beijei.

Não sei bem o que aconteceu, ela parou de dançar e ficou me encarando, seus olhos antes belo, transmitiam dor e tristeza e sem nada falar ela foi embora me deixando sozinho.

O que eu fiz de tão errado para ela me deixar assim, sozinho na pista de dança? Fiquei ainda um tempo por lá, pensei que ela voltaria, mas não. Ela não voltou e naquela noite a música pareceu tão alta que até hoje pareço ouvi-la.

Nós poderíamos ter ficado tão juntos. Nós poderíamos ter dançado para sempre, mas não, eu nunca vou dançar novamente...

Embora seja fácil fingir sei que ela não era nenhuma boba, eu deveria saber que ela era especial e apenas uma amiga, e eu não podia desperdiçar a chance que ganhei ao conhece-la. O tempo pode até cicatrizar a ferida que abriu em meu coração, mas até lá eu não vou dançar novamente. Comigo vai haver apenas dor.