Maluquice tem limite !!!

Naquela manhã sua rotina corria normalmente. Quando foi rendido pelos colegas de trabalho ouviu sobre mais uma tentativa de assalto em frente ao seu trabalho. Fez hora na recepção, conversou com alguns colegas que também faziam hora. Finalmente se levanta e vai ao metrô.

Não precisou esperar muito para que a condução chegasse. Milagrosamente conseguiu sentar-se num banco sozinho. Na estação seguinte sentou-se ao seu lado uma daquelas meninas de academia. De calça de lycra preta, blusa azul, cabelo preso e um corpo lindo. Era bem cheirosa. O cheiro parecia vir de seu cabelo, era cheiro de banana e com o passar do tempo ficou enjoativo. Percebendo uns olhares de canto de olho, foi logo dizendo:

- Cheiroso seu cabelo. É xampu de frutas?

-Sim- respondeu a moça.

Puta que pariu !!! “É xampu de frutas?” Porra, homem não repara nisso, agora ela vai achar que sou boiola.

- Eu não sou gay.

A moça olhou com estranheza e acenou com a cabeça. Que rompante mais estúpido, agora ela vai achar que sou maluco.

- E nem sou maluco.

-O que?

-Não sou maluco nem viado. Sou hetero e mentalmente são. – chama ela pra sair- Você bebe alguma coisa?

-Sim, mas não pela manhã.

-Eu também não. – Agora ela pensa que estou bêbado- mas não sou careta.

-Olha, você está me perturbando.

-Desculpe não quis ser chato.

- Sim, fique quieto por favor.

- Claro, desculpe.

E ainda querendo arrumar assunto ele pergunta:

- Quem faz sua unha? É bonita. Não sou boiola apesar de estar reparando sua unha.

A moça faz um aceno aborrecido de cabeça.

- E não sou maluco, e nem bebi.

A moça deu uma bufada. Chegaram a estação e desceram juntos.

Após uma curta caminhada, ela decide dar assunto ao estranho do metro. A garota pergunta onde ele trabalha e obtém e seguinte resposta:

- Como assim onde eu trabalho? Você é maluca?

-O que é isso?! Eu só pensei que poderia ser um pouco mais educada, pela manhã é normal não ser muito simpática.

-Quem disse que eu falo com estranhos? Eu hein, cada um que me aparece...

E foi-se ele pela rua enquanto a garota, perplexa, tentava entender o que havia acontecido.

Símio
Enviado por Símio em 11/09/2008
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