O poema perdido
Certo dia, li a seguinte notícia num jornal matutino de minha cidade: Perdeu-se um
poema. Entre as informações que trazia, assinalei àquela que me pareceu um tanto
estranha e finalizava assim; "... a última criação do poeta do amor barato". O que
seria esse termo poeta do amor pobre, do amor segunda classe? Pelo que se sabe,
amor é classe única: Amor! Dizia mais ainda. A obra poética havia sido concebida
estando o autor em absoluta transcendência e por isso não memorizara um verso
sequer. Porém, assegurava ser a criação em questão, o melhor entre todos os trabalhos por ele já produzidos. Um tanto desalentado, o poeta apelava à quem
viesse por ventura encontrar o dito, que deliberasse por devolvê-lo ao criador, pelo
que seria recompensado por tão nobre gesto em prol da cultura e da arte,
Notícias posteriores davam conta de que tal perda acontecera, provávelmente, entre
a Rua da Rima e o Parque da Inspiração. Sendo este último, o ponto onde o poeta se
vestia com freqüência do cenário bucólico e rico, como fonte inspiradora de boa parte de suas criações.
Passaram-se muitos dias e nenhuma resposta ao anúncio colocado no Jornal, chegara.
Desesperançado, o poeta considerara por encerradas todas as tentativas de busca do
objeto perdido. Quem sabe no futuro, um esclarecimento surgirá.
Tempos depois, a jóia poética aparecera como que por encanto. É que a serviçal da
família, encontrara no quarto de brinquedos da pequena Bebel, seis anos, um
barquinho de papel, cujo texto exposto e visível lhe despertou a atenção; Percurso
do Amor. E, logo pensou ser ele, o poema perdido, de cujo texto se verificou depois,
tratar-se de algo com tão extraordinária beleza de conteúdo poético e riqueza
filosófica mais que suficientes para eliminar de vez ou apagar essa abominável
nominação de Poeta do Amor barato.
Era sábado, e os Deuses da poesia regozijaram-se pelo desfecho do episódio,
brindando os amantes das letras, com esplendorosa e inigualável lua cheia.
Assim, luarizados, aqueles corações enamorados, batiam excitados e ansiosos por
conhecer as linhas e os divinos conteúdos do Percurso do Amor.
Certo dia, li a seguinte notícia num jornal matutino de minha cidade: Perdeu-se um
poema. Entre as informações que trazia, assinalei àquela que me pareceu um tanto
estranha e finalizava assim; "... a última criação do poeta do amor barato". O que
seria esse termo poeta do amor pobre, do amor segunda classe? Pelo que se sabe,
amor é classe única: Amor! Dizia mais ainda. A obra poética havia sido concebida
estando o autor em absoluta transcendência e por isso não memorizara um verso
sequer. Porém, assegurava ser a criação em questão, o melhor entre todos os trabalhos por ele já produzidos. Um tanto desalentado, o poeta apelava à quem
viesse por ventura encontrar o dito, que deliberasse por devolvê-lo ao criador, pelo
que seria recompensado por tão nobre gesto em prol da cultura e da arte,
Notícias posteriores davam conta de que tal perda acontecera, provávelmente, entre
a Rua da Rima e o Parque da Inspiração. Sendo este último, o ponto onde o poeta se
vestia com freqüência do cenário bucólico e rico, como fonte inspiradora de boa parte de suas criações.
Passaram-se muitos dias e nenhuma resposta ao anúncio colocado no Jornal, chegara.
Desesperançado, o poeta considerara por encerradas todas as tentativas de busca do
objeto perdido. Quem sabe no futuro, um esclarecimento surgirá.
Tempos depois, a jóia poética aparecera como que por encanto. É que a serviçal da
família, encontrara no quarto de brinquedos da pequena Bebel, seis anos, um
barquinho de papel, cujo texto exposto e visível lhe despertou a atenção; Percurso
do Amor. E, logo pensou ser ele, o poema perdido, de cujo texto se verificou depois,
tratar-se de algo com tão extraordinária beleza de conteúdo poético e riqueza
filosófica mais que suficientes para eliminar de vez ou apagar essa abominável
nominação de Poeta do Amor barato.
Era sábado, e os Deuses da poesia regozijaram-se pelo desfecho do episódio,
brindando os amantes das letras, com esplendorosa e inigualável lua cheia.
Assim, luarizados, aqueles corações enamorados, batiam excitados e ansiosos por
conhecer as linhas e os divinos conteúdos do Percurso do Amor.