Folia de carnaval

Os sentimentos são coisas engraçadas, as vezes infantis, mas na maioria das vezes engraçada. Neste carnaval conheci várias coisas, me lembrei de outras e aprendi algumas. A maior foi curtir o momento, sempre fui muito afoito e essa era uma dificuldade.

O romance começou no sábado de carnaval para terminar na quarta-feira de cinzas. Amor de praia não sobe serra. Ela nem é tão bonita assim, não beja mto bem também, e nem sempre é a mais cheirosa, porém, tem coisas que ela sabe fazer gostoso. Conheci num forró, passamos o carnaval juntos, depois conheci seus amigos e me interei de sua história.

Ela é mais velha, separada meio casada, sei lá, está morando com a mãe, jura que não é safada mas dá na primeira vez. E isso não foi so comigo...Bom, não quero saber quem pintou a zebra. Comecei a aprender várias coisas e, por um curto período de tempo, comecei a rever alguns conceitos. Ela é louca, receptiva, uma pessoa legal, mas meu monte de preconceitos me mataria aos poucos enquanto permanecesse com ela, levar lá em casa....jamais.

Saímos durante dois dias e foi ótimo, ela sempre meio complicada fazia mistério de tudo. Eu entrei numa de não esquentar a cabeça pra nada. Estava legal, os amigos dela eram meio estranhos. Houve um casal que foi discutir relação, depois resolveu acender um baseado. Dane-se o que eles fazem, mas foi estranho vê-los me oferecendo droga, todos politicamente corretos, com no mínimo mestrado e fazendo uma parada dessas.

No motel a coisa rolou bem, foi legal e tudo mais. No domingo, cheguei em casa com o dia claro e já saí por volta das 15:00. Nos encontramos novamente e pulamos mais alguns blocos. Pareciamos namorados, na verdade, eu estava planejando fazer isso com a minha ex, mas terminamos antes do carnaval. Me segurei pra não me apaixonar, coloquei muitas barreiras e problemas para nao me aproximar. Me apego fácil, sou bobão e estava meio sentido com o fim do namoro, a coisa estava meio feia.

Na segunda noite em que fomos pro motel, já estávamos com muita intimidade e foi ai que me assustei. No meio das preliminares, ela me chamou de Meu bebê. Nos canudos o sangue gelou, era a guisa de senha para que a coisa desandasse. Essa era a forma que outra pessoa me chamava, aquela que era mais velha, amorosamentre enrolada, morava em Benfica e me chamava de Meu Bebê. Que galho, na hora eu paralisei, fiquei meio travado, depois fui desenrolando. Que coisa estranha, parece que era um espírito que tinha encarnado. Era um outro cheiro, outro rosto, outro corpo, outro rebolado, mas a mesma situação. Dessa vez acho que faltou criatividade, o Destino vacilou.

A quarta de cinzas levou as ilusões, mas deixaram as lembranças, o aprendizado. Os fantas mas voltaram, foram pra casa de novo...brincaram o carnaval...e sei lá pra onde se vão. Este ano começou muito bem.

Volta meu Doce Carnaval...ano que vem, mais uma ilusão, Pierrot.

Símio
Enviado por Símio em 27/02/2009
Reeditado em 01/03/2009
Código do texto: T1460463