O Caminho Das Estrelas

O Caminho Das Estrelas

Coisa que gosto de fazer muito é rever amigos, principalmente aqueles que por algum motivo marcaram alguma coisa em minha vida. Partindo desse princípio, resolvi fazer uma pequena viagem pelo sul do Brasil e que iria compreender os três Estados sendo cada um por motivo diferente. Os mesmos tinham pessoas essencialíssimas e cada uma com uma história diferente e peculiar.

Camila, descendente de italiana, sempre teve a vida cheia de tragédias primeiro perdeu o noivo depois sua mãe e por último seu pai. Sendo filha única dá para deixar a cabeça de qualquer um meio doida, mas ela se manteve sempre de “pé” mesmo com tudo isto que aconteceu. Sofria calada, mas não demonstrava para ninguém a sua dor só comigo, que era muito chegado, de vez em quando de tanto sofrimento guardado não agüentava e começava a chorar de tristeza. Mas logo se recompunha, pois não queria deixar transparecer o que realmente estava sentindo para evitar comentários, pois era sempre muita discreta em tudo. Ela foi minha colega num curso que fizemos em São Paulo pelo extinto CEAG (CENTRO DE APOIO A MÉDIA E PEQUENA EMPRESA) hoje, com outra sigla SEBRAE, porém, fazendo a mesma coisa que fazia o anterior: prestando assistência às pequenas e médias empresas, independente do ramo de atividade delas. Tanto eu como ela aprendemos diversas coisas todo o tempo que trabalhamos lá. E isso nos deu um embasamento monstruoso em qualquer segmento de firmas e também as portas se abriram rapidamente para nós depois de ter deixado o CEAG, pois, possuíamos um currículo impressionante.

Camila perdeu o seu pai o que a deixou muito triste porque ela era ligada demais a ele. Por causa disso eu estava lhe devendo uma visita. Ela já não contava com a presença do noivo e da mãe ao seu lado, pois já havia os perdidos algum tempo também, e eu era doido para conhecer a decantada Curitiba que até então não a conhecia.

Telefonei para Camila para avisar que chegaria na quarta-feira pela manhã e que já tinha até reservado um hotel para eu ficar hospedado enquanto estivesse por lá. Então a mulher ficou uma fera comigo e não aceitou isso de jeito nenhum ela queria que eu fosse para sua casa, pois se sentia muito só desde o falecimento do seu pai. Ponderei na hora a situação cá com meus botões, e achei que seria mais prático para mim e para ela por não conhecer a cidade e ela não precisaria ficar naquele vai e vem no hotel. Ganharíamos tempo e comodidade para os dois.

Eu conheci um mundo que para mim era tudo novidade e por isso coloco aqui alguma das coisas que apreciei em Curitiba, mas tem muito mais do que isso, aqui é só uma pequena amostra que vi lá nos dias de visita à Camila.

Jardim Botânico

Seguramente é um dos mais belos parques da cidade. Possuindo amostras de espécies vegetais de todo o Brasil sendo algumas delas abrigadas em uma estufa de original concepção arquitetônica. Os jardins são belíssimos, muito bem cuidado e enfeitado por fontes e cascatas. Abrigando ainda o Museu Botânico com auditório, biblioteca, espaço para exposições, quadras de tênis e um velódromo.

Bosque João Paulo Ii

O bosque possui um conjunto de edificações em troncos de madeira típico da arquitetura polonesa que se constitui num museu ao ar livre. A casa principal, construída em 1983, foi transformada na Capela João Paulo II e guarda em seu interior a imagem de Nossa Senhora de Czestochowa, padroeira da Polônia.

Largo Da Ordem

O nome oficial é Largo Coronel Enéas em homenagem, desde 1917, ao coronel Benedito Enéas de Paula. Esse lugar já foi "Pátio de Nossa Senhora do Terço", "Pátio da Capela" e "Pátio de São Francisco das Chagas". Em seu centro existiu chafariz, mas foi demolido quando instalou a rede de água e esgoto. Mas até hoje conserva o antigo bebedouro para animais. E ainda ecoa na memória dos curitibanos, o alegre pregão dos colonos vendendo os bons frutos da terra transportados em carroças da periferia para o centro. Tem-se também a feirinha de artesanato no Largo da Ordem nos domingos. Esse é o coração do Setor Histórico, decretado em 1971.

Ópera De Arame

Uma passarela elevada sobre um lago de 7.200 m2 é que dá acesso a esse teatro que é referência da moderna arquitetura de Curitiba. Construído em uma pedreira desativada o palco ocupa 400 m2 e conta com 1998 lugares entre platéia e camarotes. Inaugurado em 1992, o projeto do arquiteto Domingos Bongestabs foi todo construído em aço e coberto com policarbonato transparente. Além do mais completa o cenário uma cascata de dez metros de altura.

Relógio Das Flores

É um presente que Curitiba ganhou de joalheiros em 1972. É um verdadeiro jardim das horas que ao longo do ano, em cada mudança de estação, floresce com cores vivas e diferentes. Localizado na Praça Garibaldi, o Relógio das Flores tem oito metros de diâmetro e funciona à base de emissão vibrátil de quartzo. É acionado com impulsos eletrônicos de um relógio-comando instalado na Igreja do Rosário.

Rua 24 Horas

É uma síntese da cidade do futuro que não dorme. Tem 120 metros de extensão com estrutura metálica em arcos e cobertura de vidro. Inaugurada em 1991, transformou-se num dos principais pontos de encontro de curitibanos e turistas, com lojas diversas, supermercados, bancos, cafés, bares e restaurantes. Ela se faz vizinha de grande parte dos hotéis situados no centro da cidade.

Sob as arquibancadas, uma rua coberta na forma de arcos abriga os pontos comerciais e culturais com programação de música ao vivo nos finais de semana.

Parque Tanguá

Ocupa uma área de 235 mil metros quadrados de um antigo conjunto de pedreiras desativadas. Inaugurado em 1996, o parque garante a preservação da bacia Norte do Rio Barigüi sendo bem próximo à sua nascente no município de Almirante Tamandaré. Ele ainda possui dois lagos e um túnel artificial pelo qual os visitantes podem passar de barco. É dotados ainda de ancoradouro, ciclovia, pista de cooper, lanchonete e dois estacionamentos para carros. Museu Oscar Niemeyer O mais novo museu de Curitiba foi inaugurado em novembro de 2002, com o nome de Novo Museu, seguindo o projeto de Oscar Niemeyer. Em 2003, seu nome foi substituído para Museu Oscar Niemeyer em homenagem ao seu famoso projetista.

A cada dia era um passeio diferente que a Camila me arrumava e só em lugares bonitos onde fiquei conhecendo um pouco de tudo, pois, Curitiba é uma mistura muito grande de raças e costumes, mas onde tudo se entrosa harmonicamente desde a influência européia até a importância do povo asiático, que é um show à parte, com sua cultura e o seu modo de viver.

Dentre várias conversas que tive com Camila levantei a possibilidade de no mês de agosto irmos para Gramado a fim de assistirmos o festival de cinema, pois já sabia de antemão que era a sua paixão. A semente da idéia foi colocada em sua cabeça e senti que gostou muito, mas não quis forçar a barra de imediato por conhecer o seu jeito de agir achei melhor ser mais prudente.

Curitiba me encantava com sua beleza em todos os aspectos. Poderia ficar lá horas e mais horas tentando descrever tanta beleza o que talvez não conseguiria. Um povo muito amável, educado, trabalhador e inteligente, cuja maior parte são oriundos de outros lugares tanto europeus como asiáticos.

Aqueles dias passados ali em Curitiba com a jovem Camila foram divinos tive outra visão do estado do Paraná e vi como ele era bonito, bem cuidado pelo seu povo, porém já estava na hora de pegar outro rumo. E dirigi-me para Florianópolis, em Santa Catarina, terra de Nalú a bibliotecária mais eficiente que já trabalhei até hoje. Ela também fazia parte da grande equipe formada pelo CEAG que aos poucos infelizmente foi se desfazendo lentamente porque cada um foi buscando uma alternativa de trabalho que achasse mais atraente. Com o conhecimento na mão, isso não era difícil, pois lá no CEAG todos chegaram no ponto máximo que qualquer profissional gostaria de atingir por isso tínhamos que procurar novos rumos de trabalho e vida. E foi o que cada um fez, cada um de sua forma.

Desembarquei no aeroporto Hercílio Luz já na hora do almoço, pois o vôo estava atrasado em quase uma hora devido ao tempo. Descemos bem, mas a Nalúzinha estava preocupadíssima com a minha chegada, porém esses atrasos são comuns em função do mau tempo que fazia na região.

Comentei com ela que estava com a Camila em Curitiba. Ela ficou muito feliz com isso, pois as duas eram “unha e carne” eu nunca vi duas pessoas se entrosarem tanto, no entanto o mais interessante é que as duas eram o oposto uma da outra. Enquanto a Camila era do tipo reservada a doce Nalú parecia um foguete, pois ela mexia com todo mundo, sempre alegre com tudo e todos, mas super responsável. Ela me apresentou o seu pai, o Sr Joaquim, ótima pessoa do tipo brincalhão, do jeito que eu gosto de ser: natural e sem muita frescura. Dirigindo-me para o carro solicitei a Nalú que me levasse ao hotel. O seu Joaquim, pai da Nalúzinha falou que amigo da filha dele não iria para hotel de jeito nenhum. Eu ponderei com ele que não queria dar trabalho para ninguém. Ele me respondeu que seria uma ótima eu ir para lá, pois como só tinha filhas elas não entendiam nada de futebol que era sua paixão, pois já tinha sido jogador há muito tempo atrás. E também ele gostava muito de conversar, mas tinham diversos assuntos que com as meninas não ficava à vontade e se sentia muito só no meio da mulherada. Então, fiquei sem jeito e acabei indo para a casa da Naluzinha.

A minha querida amiga mora no continente que do centro da ilha deve ter uns 15 quilômetros. Fiquei muito bem alojado em sua casa que era feita de madeira, coisa comum na região para agüentar o frio em tempos de inverno. Coisa que o pessoal do nordeste e principalmente os de Minas Gerais não sofrem é com o inverno muito rigoroso. Mas este ano de 2004, que não sei porque explicar, ele está se excedendo de uma forma geral pelo país.

Sentia-me como um rei de tanta mordomia num só lugar. O Sr. Joaquim não sabia o que fazer mais para me agradar. O papo com ele era muito bom e o engraçado era como ele contava os casos das três filhas, pois cada uma tinha uma peculiaridade.

Tivemos um delicioso almoço feito por Nalu que estava de férias e sabia cozinhar muito bem onde sua especialidade eram as massas e, a minha era de comer. Foi até covardia, mas fiquei bem tranqüilo a respeito das comidas. Depois, sentei -me no jardim de inverno da casa para conversar com pai da minha amiga e Sr. Joaquim me deu uma senhora aula a respeito de Floripa, nome dado à Florianópolis pelos moradores do lugar. Aqui há praias para todos os gostos e todos os sonhos, praias de águas mansas ou de mar agitado, de acesso fácil ou por meio de trilhas, com infra-estrutura ou semidesertas.

Por ser ele neto de açoriano, povo que veio ajudar na colonização de Floripa, cujo pai viajava para os cantos do mundo de navio e conhecia o balanço dos mares. Até a minha doce amiga havia comentado comigo, mas não me lembrava bem o que o seu avô fazia sendo assim o seu pai contou muitos casos. Com isso fiquei sabendo de coisas que até então não conhecia e que garanto que a maioria das pessoas desconhece, tanto era o conhecimento do vovô de Nalú.

Tudo era novidade e elas foram armazenadas por mim para um caso de necessidade no futuro, pois só quem vive no encanto das águas sabe do perigo que elas escondem debaixo daquela beleza. Aprendi muito com o pai da Nalú, aquele dia foi um verdadeiro papo sobre as águas que cortam Florianópolis, sobre a ilha, as temperaturas, tipos de onda, os nomes das praias, tipos de praia, as lagoas, as fortalezas, etc. Foi uma senhora aula que recebi do Senhor Joaquim e de graça.

Nesta noite resolvi ficar em casa, pois estava um pouco cansado da viagem. Comentei que no outro dia queria ir cedo pegar uma praia para relaxar e onde poderíamos conversar com mais tranqüilidade sobre os nossos assuntos pendentes. Mas o sono tinha agarrado e não me largava e eu sou desse jeito quando ele vem não consigo segurá-lo, ele derruba mesmo.

O lote da casa da Nalú é arborizado de forma que a sombra cobre toda a sua extensão. O sol se fazia presente lá no céu. Esquentava sem incomodar do jeito que gosto. A praia que iríamos não era longe da casa da minha amiga daria para ir até a pé, mas esse pessoal é muito preguiçoso, principalmente mulher, se tiver que andar 10m já acha ruim e começa a reclamar. Enquanto esperava a Nalú se aprontar convidei Sr Joaquim para ir a praia com a gente. Ele agradeceu, mas falou que já tinha passado desta idade. Argumentei com ele que para isso não tem idade e que gostaríamos da presença dele por ser ele uma pessoa única. Mas continuou agradecendo e não veio. E quem veio foi a minha bibliotecária, parecendo que ia viajar para outro país de tanto bagulho que carregava. Mas isto é explicável, é coisa de mulher. Para se ter uma idéia se fôssemos a pé não teria como levar tanta coisa da Nalú e ela achava que ainda estava levando pouca coisa, mas eu a conheço há muito e sei o seu jeito de ser. Ela tende a ser exagerada para determinadas coisas, mas é pão duro para outras. No entanto ela sempre foi assim e sempre nos demos muito bem.

Dirigimos para a praia Brava. Até que conseguimos montar aquela paranóia toda da minha amiga já tinha cansado. Mas dei uma sorte tremenda, pois quando estava lá apanhando para armar a tal barraca chega Marcinha, irmã do Marrocos, grande amigo meu de Belo Horizonte com o maridão, desse tipo jovem pronto para ajudar, todo jeitoso com as coisas. Nesta hora foi fácil arrumar aquela tenda monstruosa. Marcinha falou-me que morava agora em Floripa, coisa que não sabia, pois há muito tempo não conversava com ela. Só tinha notícias dela através do Marrocos, de vez em quando, porque é difícil falar com ele também, pois vive viajando.

Passamos o dia inteiro naquele lugar celestial. Não é à toa que falam que ali só a classe de melhor poder aquisitivo de Floripa toma seu banho de mar e descansa. Isso pode ser visto no rosto do pessoal que parece ter um trato mais fino e que sofrem menos com a dureza da vida. Também não reparei muitas crianças nessa praia não, e sim pessoas de uma idade mais avançada e foi ai que me senti um pouco gasto e cai na real que ficarei daquele jeito mesmo e isso me deixou meio assustado.

Essa era a nossa rotina ali na semana que passou. Os comentários eram os mais variados, um pouco sobre tudo, os planos feitos, as desilusões amorosas enfim corria de tudo nas conversas, nós sempre fomos como irmãos seculares e por algum motivo estávamos juntos de novo, isso era uma amizade real que existia entre eu e ela.

Também aproveitei a oportunidade e a convidei para ir à Gramado no festival de cinema, coisa que já tinha feito com a doce Camila. Eu disse que seria no meio do mês de agosto o que para ela haveria possibilidade, pois estaria de férias até o final de agosto e aquele dia seria o último que ficaria ali em Floripa. Naquela noite fomos num barzinho super badalado de Florianópolis para marcar minha despedida, o John Bull que fica na lagoa. Fiz questão que o Sr Joaquim fosse já que ele uma pessoa especial. Na manhã seguinte embarcaria para Porto Alegre onde a minha meiga Ruth estaria me esperando para me levar para Caxias. Ficou combinado que na época do festival eu telefonaria para ela e para Camila a fim de saber a resposta das duas Caso elas fossem para o festival eu as buscaria em Porto Alegre e as levaria já para Gramado onde o hotel já estaria reservado. Dessa vez o avião foi superpontual saindo na hora marcada e pousando no aeroporto Salgado Filho no horário marcado. A doce Ruth ainda não estava lá. Tive que esperar um tempo até a sua chegada o que não demorou. Ela explicou que tinha chegado visita na casa dela e por isso tinha se atrasado.

Lá, achei melhor me hospedar num hotel para ter total liberdade. Eu já tinha feito minha reserva de Belo Horizonte quando tinha tomado conhecimento da estrutura dele e ficado satisfeito com o que tinha ouvido de uns gaúchos de Caxias, que moram em Belo Horizonte vizinhos meus, não tive dúvida alguma, eu fiz a reserva de imediato no Bela Vista Parque Hotel no bairro de Ana Rech. No hotel havia muita coisa a respeito do festival de gramado e li tudo sobre o evento, pois sou um aficionado pela sétima arte, coisa que me fascina desde criança. Acho que temos que ser artista para conseguir viver neste mundo de concreto onde o dinheiro sempre fala mais alto do que tudo. Minha opinião é que o dinheiro é só um detalhe para sobrevivência e não a razão principal de tudo, tanto assim que não tenho nada, a não ser um verdadeiro amor pela vida e pelas pessoas.

Um cartaz exposto me encheu os olhos pela sua simplicidade e beleza, num simples papel havia, em poucas palavras, toda a idéia do festival. É isso que o cinema faz com as pessoas que freqüentam uma sala de filmagem: vários sentimentos, pois todos nós estamos à procura de alguma coisa que não sabemos e essa procura é infinda porque nunca nos realizamos com nada. Independentemente de tudo aquilo que possamos ter sempre haverá a falta de alguma coisa que nos complete. E isso é uma característica do ser humano de que nada está bom. Nos dias de hoje, quem se acomoda com o que tem fica para trás no tempo e no espaço, pois a evolução é muito rápida e cruel e pisa naquele que não está preparado para enfrentá-la de frente sem medo do que possa vir; esta é uma dura realidade que temos de conviver com ela.

Percebi que Ruth tinha problemas sérios em casa, tanto que nem toquei nada de nada com ela pelo seu semblante de agonia. Esperei um momento apropriado para lhe dizer alguma coisa a respeito de tudo o que havia acontecido comigo naqueles dias anteriores e saber dela como seria dali para frente à situação do nosso relacionamento. Mas quando meus sinos batem forte no meu peito é que vem chumbo grosso por aí.

Fiquei uns três dias no hotel e aproveitando a solidão para conhecer alguns lugares de Caxias enquanto esperava a minha Paula dar sinal de vida. Foram passeios ótimos visitei lugares que até então não conhecia e que agora já faziam parte do meu roteiro e poderia indicar para os amigos que me perguntassem a respeito das belas coisas de Caxias. O barco no campo da faculdade foi uma das coisas de que mais gostei, achei lindo e muito bem zelado por todos dali. O frio aqui nessa época é rigoroso.

A recepcionista do hotel dizia sobre uma ligação para mim do Paraná logo conclui que fosse a Camila, pois só ela tinha esse meu endereço. Curitiba. Assustei e fiquei um pouco preocupado com o telefonema dela, mas fui atender. Ela estava impossibilitada de ir à Gramado porque foi designada pelo seu chefe para fazer uma viagem a Manaus e que não foi possível sair fora dessa fria. Ela detestava mato e era para onde iria. Compreendi a situação e ficou tudo certo apesar de que gostaria de sua presença lá com a gente, mas não sendo possível ficaria para uma próxima oportunidade. No final da tarde do mesmo dia a Nalú me ligou. Argumentou que não daria para ir por causa de uma das suas irmãs que não passava bem e ela achou mais prudente ficar em casa, pois estava de férias, e o seu pai, um senhor de uma certa idade, não teria como resolver esses assuntos. Dei-lhe total apoio, afinal a saúde da sua irmã em primeiro lugar e festivais tem todo ano. Mas sentia nela o desejo de ir à Gramado.

E eu pergunto por onde andará Ruth? Naquele maravilhoso hotel, apesar de curtir tudo do bom e do melhor, sinto-me só e sem saber o que estaria acontecendo com ela, pois ela não é de sumir assim sem dar explicação do que está acontecendo. Porém, fiquei na minha esperando uma resposta dela para o corrido. Será que vou num festival de estrelas sem levar as minhas? Essas que tem um significado todo especial para mim?

Escritordsonhos
Enviado por Escritordsonhos em 09/04/2009
Código do texto: T1531164
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