gota de sangue

Aquele dia amanheceu bem bonito. O sol estava brilhando muito, o céu bem azul. E a temperatura estava amena, não fazia o calor que fez nos ultimos dias. Aquele, era pra ser um dia bom! Lenvantou-se antes mesmo de tocar o despertador, trocou-se enquanto preparava seu capuccino, pensou em ligar o computador para verificar seu e-mail, desistiu. Tomou o capuccino, achou-o um pouco amargo. Pegou o necessário e saiu rumo à rotina, certa de que voltaria para casa mais tarde. Achava que a rotina iria lhe trazer uma espécie de conforto, já na estrada, a caminho de sua aula matinal de yoga, sentiu que algo estava fora do lugar dentro de si. Havia um vazio que não soube explicar e por isso não deu muita importância (deve ser sono, pensou). Chegando no local da aula, ficou sabendo que a professora havia viajado e que portanto a aula seria livre, escolheu pelo relaxamento. Foi quando finalmente entendeu o que era aquela sensação estranha que vinha sentindo. O vazio era ela prórpia, tentou se concentrar na música, no relaxamento, mas foi em vão, àquela hora, já estava ansiosa demais para não pensar em nada. Terminado a “meditação” se dirigiu à bibliioteca para devolver alguns livros que nem sequer havia lido. Atrasados. (como todo o resto em sua vida errada). O vazio então cresceu, ficou mais forte e começou a doer-lhe. Era uma dor quase insuportável. Olhou para dentro de si e conseguiu perceber o que estava acontecendo. Seu coração vazara. De um pequeno furo, começava a escorrer algumas lágrimas. Em poouco tempo o sangue foi preenchendo todo o vazio que havia lá dentro. Foi até o carro, pegou um caminho que não dava para sua casa ou qualquer outro lugar familiar. A essa altura não existia mais vazio e não sentia mais dor, ela e seu carro nadavam no lago, juntos, e a água foi preenchendo o carro, assim como o sangue preenchera seu corpo. E essa foi sua útima história. Adeus